Arqueólogos descobriram em Israel um poço do período Neolítico (10.000 a.C. a 3.000 a.C) contendo dois esqueletos humanos. Os especialistas acreditam que os corpos são de 8,5 mil anos atrás. A descoberta foi realizada por acaso, durantes escavações para o alargamento de uma estrada no Vale de Jizreel, na região da Galiléia, norte do país.
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Análises concluíram que os ossos pertenciam a uma mulher jovem e a um homem idoso. Não puderam determinar, porém, se eles caíram no interior do poço por acidente e assim morreram ou se foram lançados depois de mortos. "O que está claro é que, depois que os indivíduos caíram no poço, a água deixou de ser usada pela contaminação", afirma Yotam Tepper, coordenador das escavações, em comunicado.
No poço, que possui 8 metros de profundidade e 1,3 metros de diâmetro, foram encontrados ainda utensílios de trabalho, como facas, pontas de flechas e outros itens talhados em pedra. "Os poços deste período são achados únicos na arqueologia de Israel e, provavelmente, no mundo pré-histórico em geral", afirma Omri Barzilai, chefe do departamento de antiguidades do país.
Os dois poços mais antigos do mundo foram achados no Chipre e revelam o começo do fenômeno da domesticação. "Parece que o homem antigo tentou idealizar fórmulas para proteger a água potável de possíveis contaminações pelos animais que cuidava e, por isso, costumava armazenar a água em um lugar que não fosse acessível pelo gado, criando assim os poços", disse Barzilai.
EK
Revista Época
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