21/11/2012

Uma proposta insólita


O jornal do Vaticano L’Osservatore Romano relaciona este dia da clausura com o ano da fé. Há quem veja neste retirar-se do mundo uma vida pouco produtiva ou até indolente. Mas «a vida de oração não é uma vida preguiçosa». «Rezar significa entreter-se em conversa com uma pessoa amada. Enquanto o amor resistir, rezar tem um sentido e ajuda a viver coerentemente com o amor», sublinha o articulista.

A decisão destas mulheres de culturas tão diferentes, muitas delas profissionais que renunciaram à sua carreira «para se retirarem no mosteiro e se dedicarem totalmente a Deus na solidão e na oração, na época das agências de rating, é uma proposta insólita de vida alternativa». O que é que faz com que as pessoas se retirem do mundo? Não é fuga, mas é uma procura de valores esquecidos por aqueles que vivem no tumulto e no ativismo permanente. «Uma só coisa é necessária» dizia Jesus à Marta do Evangelho.


Trata-se fundamentalmente de uma decisão que envolve a fé em Alguém que verdadeiramente seduziu essas pessoas. «Na medida em que a fé em Jesus Cristo for vivida com amor, haverá boas razões para a fidelidade à vocação monástica. Se faltar o amor, tanto na vida cristã como na consagração total a Deus, falta também a fé», sublinha a reflexão do L’ Osservatore Romano.

Mas a fé e o amor para escolher o mosteiro alimentam-se com a oração. «É característico da vida monástica rezar sempre. Não é uma coincidência que as mulheres consagradas sejam chamadas e conhecidas como ‘orantes’ e passem grande parte da vida a rezar». Está tudo relacionado com o amor e o espírito de fé».


A Igreja, que é mestra também nestes caminhos da mística, tem na sua história exemplos claros de vida claustral. Teresa de Ávila e Teresa de Lisieux, entre tantas outras, são ainda hoje modelo de vida consagrada na clausura. O que escreveram sobre o assunto é, ainda hoje, de uma atualidade espantosa.

Fátima Missionária

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