Nas três dezenas de confrontos armados que se verificam neste momento em todo o mundo estão envolvidas perto de 300 mil crianças, segundo o último relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Muitos destes menores são sequestrados nas ruas, nas salas de aula ou nos campos de refugiados e alguns são levados à força de casa, sem que os pais possam impedir os raptores.
O documento, divulgado pela agência Fides, refere que as crianças são usadas em atividades perigosas, como o manuseio de minas, serviços de espionagem ou como «kamikazes», além de serem abusadas sexualmente pelos adultos. Na África, nas zonas de conflito ou de instabilidade política, as possibilidades de recrutamento de menores são mais elevadas.
Em 2011, um plano desenvolvido sob a égide das Nações Unidas, permitiu a libertação de 11 mil crianças soldado, na Ásia e em África. Mas muito há ainda a fazer para combater este flagelo. Recentemente, o Centro de Documentação das Violações dos Direitos Humanos na Síria registou a morte de 17 crianças que combatiam na linha de frente ao serviço do Exército Sírio de Libertação.
Fátima Missionária
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