Paulo Roberto Cândido*
Nas
Lapinhas do Natal, Reis e Pastores se
aproximam cheios de emoção, seguindo uma Estrela que guia os seus passos, no rumo
de uma manjedoura, onde está um menino que é um gigante Salvador. Ouro, incenso e mirra são levados como oferta e a noite é Feliz em todos os cantos do mundo. O
Presépio é um dos maiores símbolos que carregamos por toda a vida em nossas mentes e corações, ele representa a consanguinidade Espiritual com Aquele que nasceu e morreu por nós,
trazendo os cenários da simplicidade e da Redenção.
Diante
do Menino Jesus somos todos iguais; Não há ricos ou pobres, não há sábios ou tolos, não há insígnias ou comendas. Todos
justamente tratados como semelhantes e isso me leva a pensar como seria o Presépio dos Acadêmicos? Reis e Pastores das letras, das artes, das ciências, das Filosofias e de tantas outras esferas da manifestação
intelectual dos seres humanos, seguindo a Estrela-guia da cultura ao encontro do
maior Patrono da humanidade.
Livros, liras e Lavras são levados como ofertas ao maior sábio de todas as eras, que mesmo ainda menino, já tem na mente e no coração, toda a bibliografia por onde se escreve a paz e o amor, toda a pinacoteca por onde se estampam as telas celestiais, toda
escultura que modela a comunhão entre os homens, toda a música
com sonoridade profunda e bela, toda ciência que revela a luz e comprova a eternidade, enfim, toda a arte de criar, fraternizar e transformar, num simples elo de Verdade entre o pensamento e o sentimento, que ficará imortalizado na Academia Universal do BEM.
Nós
que somos acadêmicos, que por vezes
nos achamos mais intelectualizados do que os semelhantes, tomemos o colar da
humildade, vistamos a Beca da bondade e ofertemos ao Menino Deus, uma
manjedoura para o nascimento cultural de novas palavras, de novas
cores, de novos sons, de novas formas, de novos tons e de novas luzes que sejam capazes de iluminar as noites felizes de nossas inteligências, numa
verdadeira produção de saberes transcendentais, fazendo valer o destaque de
nossa
cadeira, em cujo assento, fomos colocados pela mão Daquele que confiou a nós, um trabalho imortal de criação.
Feliz
Natal a todos os Acadêmicos do mundo,
principalmente, aos da AMLEF, com os quais venho prosperando.
*Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza - AMLEF, Cadeira 29
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