13/12/2012

O PRESÉPIO DOS ACADÊMICOS


                      
Paulo Roberto Cândido*
Nas Lapinhas do Natal,  Reis  e  Pastores  se  aproximam  cheios  de emoção, seguindo uma Estrela que guia os seus passos, no  rumo  de  uma manjedoura, onde está um menino que é um gigante Salvador. Ouro, incenso e mirra são levados como oferta e a noite é Feliz em todos os cantos  do mundo. O Presépio é um dos maiores símbolos que carregamos por toda a  vida em nossas mentes e corações, ele representa a consanguinidade Espiritual com Aquele que  nasceu  e  morreu  por  nós,  trazendo  os  cenários  da simplicidade e da Redenção.

Diante do Menino Jesus somos todos iguais; Não há ricos  ou  pobres, não há sábios ou tolos, não há insígnias ou comendas.  Todos  justamente tratados como semelhantes e isso me leva a pensar como seria o  Presépio dos Acadêmicos? Reis e Pastores das letras, das artes, das ciências, das Filosofias e de tantas outras esferas da  manifestação  intelectual  dos seres humanos, seguindo a Estrela-guia da cultura ao encontro  do  maior Patrono da humanidade. 

Livros, liras e Lavras são levados como ofertas ao maior sábio de todas as eras, que mesmo ainda menino, já tem na mente  e no coração, toda a bibliografia por onde se escreve a paz e o amor, toda a pinacoteca por onde se estampam as telas  celestiais,  toda  escultura que modela a comunhão entre os homens,  toda  a  música  com  sonoridade profunda e bela, toda ciência que revela a luz e comprova a  eternidade, enfim, toda a arte de criar, fraternizar e transformar, num simples  elo de Verdade entre o pensamento e o sentimento, que ficará imortalizado na Academia Universal do BEM. 

Nós  que  somos  acadêmicos,  que  por  vezes  nos   achamos    mais intelectualizados do que os semelhantes, tomemos o colar  da  humildade, vistamos a Beca da bondade e ofertemos ao Menino  Deus,  uma  manjedoura para o nascimento cultural de novas palavras, de  novas  cores, de  novos sons, de novas formas, de novos tons e de novas luzes que sejam  capazes de iluminar as noites felizes de nossas inteligências,  numa  verdadeira produção de saberes transcendentais, fazendo valer o destaque  de  nossa
cadeira, em cujo assento, fomos colocados pela mão Daquele que confiou a nós, um trabalho imortal de criação. 

Feliz Natal a todos os  Acadêmicos  do  mundo,  principalmente,  aos  da AMLEF, com os quais venho prosperando.

*Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza - 
AMLEF, Cadeira 29 

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