Os
Palestinos lutam hoje pelo reconhecimento da comunidade internacional da
Palestina como Estado e pelo direito de andar livres nas ruas de seu suposto
Estado sem serem barrados, fichados, presos ou mortos pelo exército israelense,
assinala Silvia Ferabolli que é graduada em Jornalismo pela Unisinos, mestre em
Relações Internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.
¹Quase
que diariamente os jornais do mundo inteiro noticiam os infindáveis ataques
mútuos entre israelenses e palestinos e as diversas iniciativas internacionais
de tentar promover, sem sucesso, a paz entre os dois povos. O conflito entre
árabes e judeus, apesar de atuais, têm origem milenar e carregam uma longa
história de desavenças religiosas e de disputa de terras. "Desde os tempos
bíblicos, judeus e árabes, que são dois entre vários povos semitas, ocuparam
partes do território do Oriente Médio. Como adotavam sistemas religiosos
diversos, eram comuns as divergências, que se agravaram ainda mais com a
criação do islamismo no século VII", segundo Alexandre Hecker.
Os
palestinos vivem uma situação muito parecida com aquelas dos judeus na Alemanha
nazista: são abordados, presos ou mortos pelo exército israelense sem direito a
julgamento, apelação ou qualquer dos termos jurídicos a que estamos
acostumados. Aos palestinos só é permitido acesso a Jerusalém sob condições
estritas estipuladas por Israel (e deve-se lembrar de que há um muro dividindo
Jerusalém do restante da Palestina) e qualquer violação, por mínimo que seja
dessas regras, pode levar a proibição permanente de qualquer visita a Jerusalém.
Milhares de famílias foram separadas por essas leis e até hoje Palestinos residentes em Jerusalém não podem casar-se com indivíduos residentes fora deste local – a não ser que abram mão de residência em Jerusalém. Jovens israelenses, de 20 e poucos anos, andam de bermuda, chinelo de dedos e metralhadoras. Foi recentemente divulgada uma foto na internet de uma soldada israelense de biquíni, na praia com seus amigos, armada com uma metralhadora. É muito comum andar-se nas ruas de Israel e ser “cutucado” nas costas ou nos braços pela ponta da metralhadora de um soldado israelense ao seu lado na fila do café. Muitos simpáticos costumam desculpar-se com os turistas pelo “incômodo” com uma expressão que parece dizer “mas sabe como é, temos que estar sempre prontos para matar algum palestino que saia da linha”.
Milhares de famílias foram separadas por essas leis e até hoje Palestinos residentes em Jerusalém não podem casar-se com indivíduos residentes fora deste local – a não ser que abram mão de residência em Jerusalém. Jovens israelenses, de 20 e poucos anos, andam de bermuda, chinelo de dedos e metralhadoras. Foi recentemente divulgada uma foto na internet de uma soldada israelense de biquíni, na praia com seus amigos, armada com uma metralhadora. É muito comum andar-se nas ruas de Israel e ser “cutucado” nas costas ou nos braços pela ponta da metralhadora de um soldado israelense ao seu lado na fila do café. Muitos simpáticos costumam desculpar-se com os turistas pelo “incômodo” com uma expressão que parece dizer “mas sabe como é, temos que estar sempre prontos para matar algum palestino que saia da linha”.
OS
PALESTINOS LUTAM PELO DIREITO DE EXISTIR? Em suma, os palestinos lutam pelo
reconhecimento da comunidade internacional da Palestina como Estado e pelo
direito de andar livres nas ruas de seu suposto Estado sem serem barrados,
fichados, presos ou mortos pelo exército israelense. Em retrospecto, pode-se
ver que os palestinos vêm lutando há décadas exatamente pela mesma coisa, mas
de maneiras diferentes – lutam pelo direito de existir afirma a doutoranda em
Política e Estudos Internacionais pela Escola de Estudos Orientais e Africanos
da Universidade de Londres – SOAS, na Universidade de Londres, Inglaterra;
Silvia Ferabolli.
BIBLIOGRAFIA: Revista do Instituto Humanitas Unisinos nº 408 – Ano XII – 12/11/2012 – UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – São Leopoldo/RS. ¹ Alexandre Hecker é professor de História Contemporânea da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Universidade Estadual Paulista (UNESP).
*Josenildo Nascimento Melo é CATÓLICO, ex-aluno do Colégio Diocesano. Bacharel em Serviço Social pelo ICF – Instituto Camillo Filho. Servidor Público. Estudante de DIREITO (CESVALE).
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