06/01/2013

Papa preside a missa no dia de Reis e ordena quatro bispos


Lista dos novos prelados inclui secretário particular de Bento XVI

Centro Televisivo do Vaticano | Bento XVI na missa da Epifania, Vaticano, 06-01-2012
Cidade do Vaticano, 05 jan 2013 (Ecclesia) – O Papa vai presidir este domingo a uma missa na solenidade litúrgica da Epifania, popularmente conhecida como Dia de Reis, e ordenar quatro bispos, incluindo o seu secretário particular, D. Georg Gaenswein.
A cerimónia tem início marcado para as 09h00 locais (menos uma em Lisboa), na Basílica de São Pedro, Vaticano.
O futuro arcebispo alemão, de 56 anos, vai ocupar o cargo de prefeito da Casa Pontifícia.
Durante a cerimónia, seguindo a tradição, vai ser anunciada a data da Páscoa deste ano (31 de março) e as festas litúrgicas que lhe estão associadas, como o dia de cinzas (13 de fevereiro), no início da Quaresma, bem como o início do tempo do Advento (1 de dezembro), que antecede o Natal.
A Epifania, palavra de origem grega que significa ‘brilho’ ou ‘manifestação’, celebra-se sempre a 6 de janeiro nos países em que é feriado civil, coincidindo este ano com o domingo.
Sobre o episódio da adoração dos magos, que marca várias tradições deste dia, Bento XVI escreve no seu último livro, «A Infância de Jesus», que estes foram movidos por uma “inquietação interior” que os fez pôr-se a caminho e classifica estas personagens como “antecessores, precursores, indagadores que desafiam os tempos”.
A obra debate a existência da “estrela” que é referida na Bíblia e, a esse respeito, Papa cita autores bíblicos, teólogos da antiguidade, tábuas cronológicas chinesas, Kepler e outros astrónomos antes de afirmar que “a grande conjunção de Júpiter e Saturno no signo zodiacal de Peixes, nos anos 7-6 a.C. parece ser um facto confirmado”.
“Aquilo que na grande perspetiva da fé é uma estrela de esperança, na perspetiva da vida quotidiana constitui inicialmente apenas causa de transtorno, motivo de preocupação e temor. É que Deus perturba a nossa comodidade diária”, acrescenta, numa análise teológica sobre o fenómeno astronómico.
Bento XVI afirma que estes relatos evangélicos abordam acontecimentos históricos que foram “teologicamente interpretados pela comunidade judaico-cristã” e pelo evangelista Mateus, precisando que essa é também a sua “convicção”.
OC

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