O atleta Oscar Pistorius chorou nesta sexta-feira (15) diante do promotor, Gerrie Nel, que o acusou formalmente do assassinato de sua namorada, a modelo Reeva Stemkamp, de 30 anos, no Tribunal da Magistratura de Pretória, na África do Sul.
Após a acusação formal, o juiz Desmond Nair suspendeu até terça-feira (19) a audiência na qual a defesa de Pistorius pedirá sua liberdade sob fiança, para dar "tempo à defesa para investigar e estar em melhor posição em suas petições". O atleta deverá permanecer em custódia da polícia até a data. A promotoria se opõe ao pedido de liberdade sob fiança.
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O corredor foi detido na quinta-feira (14) e foi indicado pela polícia pelo assassinato de Reeva. Ele deve ser formalmente acusado nesta sexta-feira. Segundo a polícia, a modelo foi atingida por quatro disparos, feitos por uma arma de 9mm, registrada no nome do atleta. Segundo a imprensa local, os tiros atravessaram a porta de um banheiro da casa de Pistorius.
O jornal local Beeld disse que a polícia foi chamada duas horas antes dos disparos, porque os vizinhos ouviram o casal discutindo. Depois dos disparos, os policiais foram chamados novamente.
Na quinta-feira, a imprensa disse que Pistorius poderia ter confundido a namorada com um ladrão quando ela chegava à sua casa para fazer uma surpresa de dia dos namorados. A polícia descartou essa possibilidade.
Olimpíada de Londres
Pistorius foi o primeiro atleta com as pernas amputadas a correr nas Olimpíadas, usando duas próteses. Ele chegou às seminifinais das provas de 400 metros rasos na Olimpíada de Londres e ganhou a medalha de ouro nos 400 metros T44 na Paralimpíada. Causou polêmica ao perder a prova dos 200m T44 para o brasileiro Alan Fonteles e acusar o atleta de obter vantagens com suas próteses.
AS
Revista Época
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