O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, citou esta segunda-feira, 25 de março, as palavras do renomado poeta da Martinica, Aimé Césaire, que advertiu contra os riscos da complacência e de se ser «espectador», quando somos confrontados com os males da escravidão humana.
Ki-moon falava na comemoração do Dia Internacional de Memória das Vítimas de Escravatura e do Comércio Transatlântico de Escravos, realizada no átrio de entrada do edifício da Assembleia Geral da ONU.
«Temos que ser mais do que espectadores. Enquanto recordamos os horrores da escravidão, também temos de lidar com as consequências remanescentes. Enquanto nos lembrarmos das vítimas, comprometemo-nos a lutar pela igualdade, pela justiça e pela paz», sublinhou Ban Ki-moon, antes de acrescentar que esta era «a maneira mais significativa» para honrar a memória daqueles que foram vitimados da escravidão.
Ao longo da última semana, as comemorações deste ano – sob o lema «Livres, para sempre: celebrando a emancipação» – prestaram homenagem à emancipação dos escravos em todo o mundo, através de filmes, música, dança, poesia, exposições e literatura.
Fátima Missionária
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