Na aparência nada mudou. Barack Obama pensava que a criação de um Estado Palestino poderia reparar uma injustiça histórica e dar a Israel aquela segurança à qual tem direito. Agora, ele chegou à conclusão que a simples "ocupação", mesmo sem a "expulsão" dos palestinos não é a solução para o conflito. Apesar de tudo, ele ainda parece acreditar que a paz entre os dois povos será possível.
Se compararmos o discurso que ele pronunciou no Cairo em 2009 com o discurso pronunciado no dia 21 de março em Jerusalém apenas uma frase foi tirada do primeiro; infelizmente a mais importante. No Cairo, depois de ter insistido muito sobre a necessidade de um acordo entre palestinos e israelenses, Obama garantiu que continuaria "pessoalmente a buscar esse acordo com toda a paciência e a dedicação que essa tarefa exige".
No Centro de Conferências da cidade considerada pelas autoridades israelenses a capital indivisível, o presidente da maior potência mundial revelou, com toda a habilidade possível, sua renúncia para resolver o problema. A Casa Branca não quer continuar a ocupar-se do conflito palestino-israelense.
É evidente que Obama não quer mais correr o risco de um choque como aquele que teve no primeiro mandato, quando pediu uma suspensão parcial e temporária da colonização da Cisjordânia por parte de Israel. Esse diálogo com Israel não obteve nenhum resultado.
Obama agora deixa essa difícil tarefa ao seu secretário de Estado, John Kerry, a quem cabe tentar reaproximar esses dois campos, agora num nível de conflito mais drástico, depois de 20 anos de tratativas. Certamente, ao antigo senador de Massachusetts não faltará coragem e qualidades para isso, mas ele não dispõe de capital político suficiente como aquele de que dispunha o presidente dos Estados Unidos para paralisar a colonização que há quatro anos avança em grande ritmo.
Se compararmos o discurso que ele pronunciou no Cairo em 2009 com o discurso pronunciado no dia 21 de março em Jerusalém apenas uma frase foi tirada do primeiro; infelizmente a mais importante. No Cairo, depois de ter insistido muito sobre a necessidade de um acordo entre palestinos e israelenses, Obama garantiu que continuaria "pessoalmente a buscar esse acordo com toda a paciência e a dedicação que essa tarefa exige".
No Centro de Conferências da cidade considerada pelas autoridades israelenses a capital indivisível, o presidente da maior potência mundial revelou, com toda a habilidade possível, sua renúncia para resolver o problema. A Casa Branca não quer continuar a ocupar-se do conflito palestino-israelense.
É evidente que Obama não quer mais correr o risco de um choque como aquele que teve no primeiro mandato, quando pediu uma suspensão parcial e temporária da colonização da Cisjordânia por parte de Israel. Esse diálogo com Israel não obteve nenhum resultado.
Obama agora deixa essa difícil tarefa ao seu secretário de Estado, John Kerry, a quem cabe tentar reaproximar esses dois campos, agora num nível de conflito mais drástico, depois de 20 anos de tratativas. Certamente, ao antigo senador de Massachusetts não faltará coragem e qualidades para isso, mas ele não dispõe de capital político suficiente como aquele de que dispunha o presidente dos Estados Unidos para paralisar a colonização que há quatro anos avança em grande ritmo.
Em Jerusalém, Obama estimulou os israelenses a pensar colocar-se no lugar dos palestinos, confinados em Gaza e nos pequenos círculos de terreno da Cisjordânia, para compreender as frustrações que sofrem e convidou-os também a assumir as suas responsabilidades para exigir dos políticos o compromisso para alcançar uma paz pra valer, mesmo que o caminho seja doloroso.
Já faz tempo que os israelenses, por causa de ideologia ou descaso, tiraram de seu horizonte a solução da causa palestina; estão encerrando em Gaza, numa situação desumana e nos redutos controlados da Cisjordânia. Quando a juventude de Israel em 2011 se mobilizou para protestar e denunciar as injustiças sociais e não pensou nas consequências da colonização. As últimas eleições não tiveram a coragem de pensar numa forma de referendum para alcançara a paz. Foi exatamente o inverso.
Já faz tempo que os israelenses, por causa de ideologia ou descaso, tiraram de seu horizonte a solução da causa palestina; estão encerrando em Gaza, numa situação desumana e nos redutos controlados da Cisjordânia. Quando a juventude de Israel em 2011 se mobilizou para protestar e denunciar as injustiças sociais e não pensou nas consequências da colonização. As últimas eleições não tiveram a coragem de pensar numa forma de referendum para alcançara a paz. Foi exatamente o inverso.
Há 20 anos que em Oslo os Estados Unidos assumiram o compromisso de promover um diálogo entre as duas partes em conflito que deveria levar a um acordo de paz. Esse tempo se encerrou.
Essa retirada dos Estados Unidos durará até que uma crise maior o obrigará a se intrometer novamente. É muito duvidoso que palestinos e israelense consigam sozinhos ultrapassar as barreiras do conflito que tem a fisionomia de ocupara e desocupar.
Neste espaço de tempo que eles têm pela frente os dois Estados correm o risco fatal de se degradarem. Se isso acontecer, Barak Obama será um dos coveiros da esperança de um acordo de paz nos próximo oriente.
Essa retirada dos Estados Unidos durará até que uma crise maior o obrigará a se intrometer novamente. É muito duvidoso que palestinos e israelense consigam sozinhos ultrapassar as barreiras do conflito que tem a fisionomia de ocupara e desocupar.
Neste espaço de tempo que eles têm pela frente os dois Estados correm o risco fatal de se degradarem. Se isso acontecer, Barak Obama será um dos coveiros da esperança de um acordo de paz nos próximo oriente.
Fonte: www.lemonde.fr
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