30/05/2013

Mata Atlântica tem mais pássaros em risco do que se pensava

Pesquisa dos EUA avaliou ameaça de extinção de espécies no Brasil.
Eles usaram um método que mede o grau de fragmentação do habitat.

Do G1, em São Paulo
Choquinha-de-asa-ferrugem, pássaro que, segundo os autores do estudo, deveria entrar para a lista de espécies ameaçadas (Foto: Fábio Olmos/NJIT)Choquinha-de-asa-ferrugem, pássaro que,
segundo os autores do estudo, deveria entrar para
a lista de espécies ameaçadas
(Foto: Fábio Olmos/NJIT)
Um estudo feito por uma universidade americana com pássaros da Mata Atlântica brasileira afirma que há mais espécies ameaçadas de extinção nesse bioma do que se imagina.
A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira (29) na revista “PLOS One” e coordenada pelo professor do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey Gareth Russell.
Os pesquisadores usaram um novo método para determinar o risco de extinção da população de animais com base no grau de fragmentação do habitat deles – quando há descontinuidade em um determinado ambiente, provocada pela ação humana ou natural. Essa descontinuidade reduz a chance de sobrevivência dos animais que vivem no local.
O método usa informações sobre o tamanho dos fragmentos e as distâncias que os separam e calcula a influência desses fatores geográficos na possibilidade de sobrevivência de uma população a longo prazo.
Fora da lista 
Os cientistas aplicaram esse método a 127 espécies de pássaros que vivem na Mata Atlântica, uma área que é referência mundial na diversidade desses animais e que perdeu mais de 90% de sua vegetação original.
Eles chegaram à conclusão de que 58 espécies vivem em habitats severamente fragmentados e que 28 delas não são consideradas ameaçadas pela lista mais recente da União Internacional para a Conservação da Natureza.
Com base nos resultados, os autores recomendam que essa classificação seja reexaminada.
Eles também acreditam que a pesquisa contribui para compreender melhor o risco de extinção de um animal. Como as espécies em perigo são frequentemente as mais raras e, por isso, mais difíceis de serem estudadas, chegar a esse dado é desafiador. Para os cientistas que desenvolveram o estudo, o método facilita esse processo porque requer apenas um conhecimento básico da espécie, que pode ser otimizado ao ser relacionado com os dados recentes sobre meio ambiente.
Eles acreditam que o método pode ser usado para várias espécies e em lugares diferentes do planeta
.

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