Pesquisa dos EUA avaliou ameaça de extinção de espécies no Brasil.
Eles usaram um método que mede o grau de fragmentação do habitat.
Um estudo feito por uma universidade americana com pássaros da Mata Atlântica brasileira afirma que há mais espécies ameaçadas de extinção nesse bioma do que se imagina.
A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira (29) na revista “PLOS One” e coordenada pelo professor do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey Gareth Russell.
Os pesquisadores usaram um novo método para determinar o risco de extinção da população de animais com base no grau de fragmentação do habitat deles – quando há descontinuidade em um determinado ambiente, provocada pela ação humana ou natural. Essa descontinuidade reduz a chance de sobrevivência dos animais que vivem no local.
O método usa informações sobre o tamanho dos fragmentos e as distâncias que os separam e calcula a influência desses fatores geográficos na possibilidade de sobrevivência de uma população a longo prazo.
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Fora da lista
Os cientistas aplicaram esse método a 127 espécies de pássaros que vivem na Mata Atlântica, uma área que é referência mundial na diversidade desses animais e que perdeu mais de 90% de sua vegetação original.
Os cientistas aplicaram esse método a 127 espécies de pássaros que vivem na Mata Atlântica, uma área que é referência mundial na diversidade desses animais e que perdeu mais de 90% de sua vegetação original.
Eles chegaram à conclusão de que 58 espécies vivem em habitats severamente fragmentados e que 28 delas não são consideradas ameaçadas pela lista mais recente da União Internacional para a Conservação da Natureza.
Com base nos resultados, os autores recomendam que essa classificação seja reexaminada.
Eles também acreditam que a pesquisa contribui para compreender melhor o risco de extinção de um animal. Como as espécies em perigo são frequentemente as mais raras e, por isso, mais difíceis de serem estudadas, chegar a esse dado é desafiador. Para os cientistas que desenvolveram o estudo, o método facilita esse processo porque requer apenas um conhecimento básico da espécie, que pode ser otimizado ao ser relacionado com os dados recentes sobre meio ambiente.
Eles acreditam que o método pode ser usado para várias espécies e em lugares diferentes do planeta
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