11/06/2013

Desaparição forçada de pessoas será tema de seminário

Tatiana Félix
Adital
AipazSerá realizado nesta terça-feira (11) o seminário "Desaparição forçada de pessoas, crime de Estado e prestação de contas”, no Instituto de Investigações Jurídicas da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). O objetivo é discutir o problema dos desaparecimentos forçados de pessoas e cobrar a responsabilidade do Estado frente a esta realidade. O evento é gratuito e aberto ao público.
O seminário será dividido em três mesas com os temas "Apreciações em torno do crime de desaparição forçada de pessoas”, "Casos de desaparição forçada de pessoas. Relatados por vítimas: uma aproximação da realidade nacional” e "Prestação de contas e elementos para uma tipificação adequada do delito de desaparição forçada de pessoas”.
Contribuirão com os debates representantes do Comitê Cerezo México, do Comitê de familiares de pessoas detidas desaparecidas no México, da Forças Unidades por nossos desaparecidos, da Comissão de Direitos Humanos do Distrito Federal e do Comitê sobre desaparições forçadas da Organização das Nações Unidas, entre outras organizações.
Para saber mais, acesse: www.juridicas.unam.mx ou escreva para: difiij@servidor.unam.mx
Desaparecimento de pessoas no México
A desaparição forçada de pessoas é um problema que já privou a liberdade de milhares de mexicanos e mexicanas. Geralmente, eles/as são detidos ou sequestrados por agentes do Estado e não há informações ou pistas sobre o paradeiro das vítimas. As organizações defensoras de direitos humanos e familiares das vítimas de desaparição forçada afirmam que esta "prática repressora” tem aumentado com a guerra contra o crime organizado e narcotráfico, e que a falta de políticas de prevenção, investigação e punição contribuem para a continuidade deste crime. Defensores/as de direitos humanos têm entrado cada vez mais para a lista de pessoas desaparecidas e a queixa contra os militares só aumenta.
De acordo com o Comitê Nacional Pro Defesa de Presos, Perseguidos, Desaparecidos e Exilados por motivos políticos, primeira organização dedicada à luta contra a desaparição forçada no país, entre 1969 e 1988, o México registrou 532 casos de pessoas desaparecidas forçadamente. O Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Desaparições Forçadas e Involuntárias indicou que desde 2006 mais de 3 mil pessoas haviam desaparecido. No geral, as estimativas apontam para mais de 18 mil desaparecidos nas últimas décadas no país, mas, algumas organizações acreditam que o número pode ser bem maior e chegar a 30 mil casos. Apesar dos números e das denúncias, poucos casos são investigados e penalizados.
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