Cidade do Vaticano (RV) – O Pontifício Conselho da Pastoral para os Imigrantes e os Itinerantes publicou nesta uma mensagem por ocasião do ‘Domingo do Mar’ 2013, a ser celebrado no próximo domingo, 14. A mensagem, assinada pelo Presidente deste dicastério vaticano, Cardeal Antonio Maria Vegliò, inicia destacando o pronunciamento de Bento XVI aos participantes do Congresso Mundial do Apostolado do Mar, realizado no Vaticano em novembro de 2012.
Na mensagem do Apostolado do Mar, todos os cristãos são convidados a tomar consciência e a reconhecer o trabalho de 1,2 a 1,5 milhões de marítimos que navegam a bordo de uma frota mundial formada por 100 mil navios, que transportam, 90% dos produtos manufaturados.
O Pontifício Conselho da Pastoral para os Imigrantes e Itinerantes, coloca em evidência a realidade em que vivem as tripulações multinacionais, que experimentam a bordo, “complexas condições de vida e de trabalho, transcorrem meses longe de seus entes queridos, são vítimas de abandono em portos estrangeiros sem receber remuneração. São também vítimas de criminalização, devendo suportar condições adversas de tempo, como tempestades e tufões, e humanas (piratas, naufrágios, etc)”. “Muitas vezes não nos damos conta de que a maior parte dos objetos que utilizamos diariamente são transportados por navios que cruzam de um lado ao outro os oceanos”, observa a mensagem.
O Apostolado do Mar congratula-se com a entrada em vigor, em agosto de 2013, da Convenção sobre o Trabalho Marítimo (MLC2006) da Organização Internacional do Trabalho (OIT), após ter sido ratificada por 30 países membros da própria Organização, que representam quase 60% da tonelagem bruta mundial. A Convenção é o resultado de vários anos de incessantes discussões entre governo, empregadores e trabalhadores para consolidar e atualizar um grande número de Convenções e de Recomendações sobre trabalho marítimo adotadas a partir de 1920.
Mesmo com os avanços obtidos, o Apostolado do Mar mantém-se vigilante expressando a sua “atenta solicitude, em especial à Regra 4.4 da Convenção, cujo objetivo é o de garantir aos marítimos que trabalham a bordo de um navio, o acesso às instalações e serviços em terra que protejam a sua saúde e bem estar”.
Na mensagem, o Apostolado do Mar reitera que sua responsabilidade é com “a gente do mar”, devendo por isto, proporcionar-lhes informações e formações sobre seus direitos e sobre a proteção oferecida pela Convenção, que é considerada o quarto e o último pilar da legislação marítima internacional, formada também pela Convenção Internacional de 1973 para a Prevenção da Poluição dos Navios (MARPOL), a Convenção Internacional de 1974 para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS) e a Convenção Internacional de 1978 sobre Normas de Formação de certificação e de Serviço de Quarto para os marítimos (STCW).
Ao concluir a mensagem, o Pontifício Conselho da Pastoral para os Imigrantes e os Itinerantes pede a Maria, Estrela do Mar, para “acompanhar a nossa missão a fim de sustentar o apoio dos fiéis, chamados a dar testemunho com a sua vida cristã no mundo marítmo”. (JE)
Rádio Vaticano
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