30/07/2013

Papa Francisco no encontro com Bispos no Brasil: "Amazônia é relevante para o caminho da Igreja e para toda estrutura social"

Rio de Janeiro (RV) – Na quinta-feira, 27, durante a Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco participou de um encontro com a Presidência da CNBB, Cardeais e Bispos do Brasil, com quem almoçou. No seu discurso, Francisco abordou vários tópicos concernentes à Igreja no Brasil, concluindo o mesmo falando da Amazônia.

O Papa Francisco considera a Amazônia relevante não somente para o caminho atual e futuro da Igreja no Brasil, mas para toda a estrutura social. “A Igreja está na Amazônia não como aqueles que têm as malas na mão para partir depois de terem explorado tudo o que puderem”, disse Francisco, acrescentando que “desde o início a Igreja está presente na Amazônia com missionários, congregações religiosas e lá continua ainda presente e determinante no futuro daquela área”. E destacou o acolhimento que a Igreja na Amazônia oferece aos imigrantes haitianos, após o terremoto que devastou o país.

O Santo Padre fez referência ao Documento de Aparecida, que lançou um “forte apelo ao respeito e à salvaguarda de toda a Criação que Deus confiou ao homem, não para que a explorasse rudemente, mas que tornasse ela um jardim”. 

Mesmo reconhecendo e agradecendo à Igreja no Brasil pelo trabalho realizado na Amazônia e pelas tantas dioceses que enviaram missionários, leigos e sacerdotes à região, o Papa disse que “deveria ser mais incentivada e relançada esta obra da Igreja. Servem formadores qualificados, especialmente professores de teologia, para consolidar os resultados alcançados no campo da formação de um clero autóctone, inclusive para se ter sacerdotes adaptados às condições locais e consolidar por assim dizer ‘o rosto amazônico’ da Igreja”, salientou o Pontífice.

Ao final de sua reflexão, o Papa recordou que a Igreja no Brasil “é um grande mosaico de ladrilhos, de imagens, de formas, de problemas, de desafios, mas que por isto mesmo é uma enorme riqueza. A Igreja não é jamais uniformidade, mas diversidades que se harmonizam na unidade, e isso é válido em toda a realidade eclesial”. (JE)

Rádio Vaticano 

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