21/07/2013

Visita do Papa a favela será ‘sinal’ ao mundo, afirma arcebispo do Rio

sáb, 20/07/13
por Gerson Camarotti |
Para o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, a visita do Papa Francisco nesta semana a uma favela é um “sinal que ele quer dar ao mundo” da necessidade de a Igreja Católica ampliar a aproximação com as periferias e os pobres na América Latina.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista que ele concedeu ao Blog.
Dom Orani Tempesta (Foto: G1)
Blog – Qual o significado da visita que o Papa Francisco fará a uma favela, na comunidade de Varginha, na periferia do Rio de Janeiro?
Dom Orani Tempesta –
 Segundo a assessoria do santo padre, quando ele viu todos os nossos pedidos, uma das coisas que ele escolheu é que ele queria visitar uma comunidade. Então, é uma escolha pessoal do santo padre. Agora, o local exato, fomos nós que escolhemos, juntamente com a Polícia Federal, a questão da segurança. É o Brasil que escolhe e oferece esse local para a visita do santo padre. Isso vai de acordo com aquilo que ele tem pregado de ir mais longe, de ir às periferias, de estar junto aos pobres. Eu creio que é um sinal que ele quer dar ao mundo também. Por providência de Deus, a escolha vem para um local que tem uma capela cujo padroeiro dedicou sua vida às crianças abandonadas, que é São Jerônimo Emiliano.
Blog – Como cardeal Bergoglio, em Buenos Aires, o Papa Francisco tinha esse hábito de frequentar a periferia, ir às favelas, até de forma muito simples. Essa é uma nova ordem da Igreja, em busca dos católicos nas comunidades?
Dom Orani Tempesta –
 Bom, na verdade eu eu creio que isso já existe há muito tempo. Aqui no Rio de Janeiro, o Papa João Paulo II visitou uma comunidade quando da sua primeira visita aqui ao Rio. Nós temos uma pastoral das favelas muito dinâmica aqui, que tem um trabalho há mais de 50 anos, um trabalho que é realizado junto às comunidades, tentando escutá-las, escutar as pessoas, levar a promoção, as reivindicações e também ter as nossas capelas, catequeses, celebrações junto com a questão social. Nós unimos o trabalho social, da promoção, estar junto também com as suas lideranças, à questão também da evangelização para aqueles que são os católicos que estão ali residentes., né? É um trabalho já muito grande que acontece que, eu creio, pode ser mais incrementado ainda.
Blog – Em 2007, em Aparecida, o Papa Bento XVI falou muito da preocupação com a evasão de fiéis na América Latina – especificamente no Brasil. Como é que o senhor vê isso? As estatísticas, inclusive, mostram uma grande evasão de fiéis no estado e na cidade do Rio de Janeiro.
Dom Orani Tempesta –
 Diga-se que na cidade a evasão é menor que no estado. [...] Cresceu muito a periferia, cresceu muito a grande cidade, e a nossa presença não foi tão eficaz, de acolher os católicos que chegam. Mesmo porque nós temos uma frequência tradicional de católicos entre 10% a 15% em geral no Brasil. Em alguns lugares, até menos que isso. Nós não atingimos, nas missas, nas celebrações, quase 80% ou quase 90% dos que foram batizados.   Teria que ser um outro tipo de evangelização, que nós chamamos hoje de uma nova evangelização, de ir aonde estão as pessoas, não só esperando na igreja ou na capela, mas também nas casas, nos vários locais etc. e é esse o grande desafio nosso, de uma nova mentalidade de evangelização.
Blog – O Papa Bento XVI já falava no que ele classificou no discurso de Aparecida como proselitismo das seitas e disse que o catolicismo estava perdendo espaço para os evangélicos, principalmente nas periferias. Esse é um novo enfoque, que é preciso ser mais observado pela Igreja Católica ou não?
Dom Orani Tempesta –
 Diga-se que temos um bom relacionamento com os irmãos evangélicos, temos um trabalho de ecumenismo, um bom relacionamento, um bom diálogo, rezamos juntos pela unidade entre os cristãos. E não só com os históricos, mas também com os pentecostais. Então, é um trabalho de respeito muito grande. Eu creio que não é um trabalho de reconquista nem de estar lutando contra alguma coisa, mas fazer o nosso dever de casa, ou seja, de ver aqueles que nós batizamos, nós somos responsáveis, e cremos que é importante que sejam evangelizados. Nós fazemos nas celebrações, nas capelas, na catequese, mas fazemos pouco talvez para aqueles que não vêm, que não frequentam a igreja. Encontremos maneiras de fazê-lo.
Blog – Como é que o senhor vê a atuação agora de um Papa vindo da América Latina, entendendo esse contexto próprio da América Latina, das periferias das grandes cidades. O que é que muda do Vaticano para a América Latina?
Dom Orani Tempesta –
 E tem mais um detalhe: ele foi o redator, o presidente da comissão de redação final do documento de Aparecida, que fala de discípulos missionários. Então, muito do espírito de Aparecida, de como ajeitou todas as ideias que apareceram em Aparecida, dependeu muito da cabeça do então cardeal Bergoglio. Sem dúvida, para nós, da América Latina, [é] alguém que compreende a nossa situação, compreende o nosso jeito de ser e, ao mesmo tempo, pode ajudar a repensar o nosso trabalho de evangelização, como ele tem feito já nas suas falas, na sua missão lá como santo padre, como Papa Francisco, no Vaticano.
Publicado às 13h59

Moreira Franco: ‘O PMDB não vai trair a presidente Dilma Rousseff’

sex, 19/07/13
por Gerson Camarotti |
categoria Governo Dilma
Em conversa com o Blog, o ministro Moreira Franco (Aviação Civil), disse que apesar da crise na relação entre o PMDB e o Palácio do Planalto, o partido não vai trair a presidente Dilma Rousseff. “Não há na história do PMDB registro de traição. Não haverá rompimento. O PMDB não vai trair Dilma”, disse o ministro peemedebista.
Ele reconheceu, porém, que há pessoas “sectárias” dos dois lados que estimulam o rompimento. “Mas a maioria do partido tem responsabilidade”, enfatizou. “É necessário que haja muita compreensão, muito diálogo para superar esse momento de estresse”.
 A afirmação de Moreira Franco acontece logo depois da recomendação feita pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves para Dilma reduzir o número de ministérios.
Publicado às 17h21

Os recados políticos de Francisco para a América Latina

sex, 19/07/13
por Gerson Camarotti |
Veja comentário no Em Pauta:
Publicado às 17h18



Crise na base: PMDB repassa agenda negativa para Dilma

sex, 19/07/13
por Gerson Camarotti |
Veja comentário feito no Em Pauta:
Veja os bastidores no Jornal das Dez:

Publicado às 11h41

Recomendação do PMDB para reduzir ministérios constrange Planalto

qui, 18/07/13
por Gerson Camarotti |
A recomendação feita pelo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), à presidente Dilma Rousseff de reduzir imediatamente de 39 para 25 o número de pastas causou forte constrangimento ao Palácio do Planalto. Auxiliares mais próximos de Dilma ficaram surpresos com o gesto.
O PMDB já tinha feito essa proposta, mas o governo não esperava uma entrevista do presidente da Câmara, como a que foi publicada pela Folha de São Paulo. Principalmente porque, segundo auxiliares, o próprio vice-presidente, Michel Temer, apresentou pedidos de cargos para acomodar peemedebistas. Com o constrangimento de hoje, ficam congeladas as consultas para a redução de pastas e para reforma ministérial.
Já integrantes da cúpula do PMDB são diretos ao explicar as declarações de Henrique Alves: a estratégia é devolver ao Palácio do Planalto a agenda negativa depois da onda de protestos que tomou conta do país recentemente. Os aliados estavam incomodados com a estratégia de Dilma de jogar para o Congresso Nacional o desgaste das manifestações ao propor o plebiscito da reforma política como resposta aos protestos.
Publicado às 22h34

Sem apoio da base, Dilma sinaliza com alternativa para plebiscito

qui, 18/07/13
por Gerson Camarotti |
categoria Governo Dilma
Veja bastidores no Jornal das Dez>
Publicado às 11h43.

Dilma faz consultas para enxugar ministérios e mudar equipe

qua, 17/07/13
por Gerson Camarotti |
Apesar das negativas oficiais, a presidente Dilma Rousseff tem feito consultas sobre o enxugamento no número de ministérios e mudanças no primeiro escalão.
Além das conversas políticas com o ex-presidente Lula, ela começou a ouvir outros conselheiros, como o empresário Jorge Gerdau. Em todas as conversas, Dilma tem sido aconselhada a fazer uma redução expressiva do número de ministros, dos atuais 39 para 26.
Cresce a pressão para substituir o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Mas segundo relatos, Dilma ainda tem resistências ao nome do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para comandar a Fazenda.
Vale registrar que alguns integrantes do Palácio do Planalto ainda temem que a redução do número de ministérios possa ter um efeito negativo. Isso porque seria uma espécie de “mea culpa” de um governo inchado.
Publicado às 19h56

Com insatisfação da base, governo tenta se articular no recesso branco

qua, 17/07/13
por Gerson Camarotti |
Veja no Jornal das Dez:
Publicada às 11h54

Amizade do Papa com rabino mostra que diálogo é possível

seg, 15/07/13
por Gerson Camarotti |
Papa Francisco recebe o rabino Abraham Skorka dentro do Vaticano. Veja reportagem exclusiva no Globo News Especial:

Para Planalto, comando da Caixa induziu governo ao erro

sex, 12/07/13
por Gerson Camarotti |
Para o Palácio do Planalto, a direção da Caixa Econômica Federal induziu o governo ao erro de avaliação no episódio dos boatos de que o programa Bolsa Família iria acabar. A presidente Dilma Rousseff foi informada da conclusão do inquérito da Polícia Federal sobre a onda de boatos quando estava no Uruguai. Por telefone, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, antecipou à Dilma que a PF não identificou nenhum indício de crime.
Para interlocutores da presidente Dilma, a direção da Caixa deixou todo o governo exposto ao dar informações incorretas sobre a liberação de dinheiro do Bolsa Família. Em maio, logo depois da onda de saques, o vice-presidente do banco, José Urbano, disse que o dinheiro só tinha sido liberado depois da corrida às agências bancárias.
A informação só foi corrigida pelo presidente da Caixa, Jorge Hereda, quase uma semana depois. A conclusão da investigação da PF contraria o primeiro discurso oficial do governo, de que haveria uma ação orquestrada para difundir o boato sobre o fim do programa.
A PF aponta uma decisão de gestão da Caixa, que antecipou parte dos pagamentos sem aviso prévio para os beneficiários, como um dos “fatores desassociados” que motivaram a onda de boatos. No núcleo palaciano, há um forte desconforto com a atuação de Hereda e Urbano neste episódio.
Publicado às 20h41
Veja comentário feito no Jornal das Dez:

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