11/08/2013

Profissionais destacam papel social do Direito

Por Redação Dom Total

Neste domingo (11), comemora-se o Dia do Advogado. A data faz referência à criação do primeiro curso de Direito do Brasil, em 11 de agosto de 1828, por meio de decreto assinado por Dom Pedro I. Desde então, o número de cursos multiplicou-se por todo país, chegando a 1.210 no último ano. Ao mesmo tempo, e de forma ainda mais significativa, o Direito consolidou-se como instrumento de pacificação social, tendo sua importância reconhecida por toda sociedade. 

“A advocacia é um verdadeiro sacerdócio, pois lida com a dignidade da pessoa humana em todas as suas esferas. O advogado tem uma função social relevante, pois, além de ser o interlocutor do cidadão com o Poder Judiciário (e com todo o sistema de justiça), tem por incumbência viabilizar o acesso do cidadão aos meios e condições para o exercício da cidadania”, afirma a advogada Valdênia Geralda de Carvalho, professora da Escola Superior Dom Helder Câmara e conselheira do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos de Minas Gerais. 

A advogada destaca ainda a importância dos profissionais e entidades do Direito na história política do país, atuando de forma ativa na defesa da democracia e dos Direito Humanos mesmo em períodos adversos, como a ditadura militar. “A OAB, através de advogados sérios, vocacionados, comprometidos com o bem comum e com os ditames do Estado de Direito, foi determinante para o processo de redemocratização do país e restabelecimento do Estado Democrático de Direito”, explica. 

Guerreiros da justiça

Quem também ressalta o caráter social do Direito é o professor e presidente da OAB-MG, Luís Cláudio Chaves. Segundo ele, o advogado precisa estar próximo das pessoas e atuar em busca da conciliação. “O nosso papel é a busca da pacificação social. Tenho orgulho de ser advogado, e acredito que este é o sentimento da grande maioria dos colegas mineiros. Neste dia 11 de agosto, parabenizo todos vocês, guerreiros da justiça, da liberdade e do Direito das pessoas”, cumprimenta. 

O presidente destaca ainda que o retorno proporcionado pela profissão vai muito além do aspecto financeiro e compensa toda a luta, os esforços e as dificuldades. “Quando atuava como defensor público, já tive que levar cadeira de casa para o trabalho. E não é que um dia roubaram a minha cadeira?”, brinca Luís Cláudio, com seu habitual bom humor. “Porém, é uma carreira compensadora. Atuar em prol daqueles que não podem pagar pelos serviços de um advogado é um belo exemplo caráter social do Direito”, completa.

Lágrimas

No caso do advogado Carlos Henrique Amaral, a recompensa, em alguns casos, vem em forma de lágrimas. “Sou muito feliz pelo que faço. Têm casos que me emocionam, meu olho enche d’água só de lembrar”, afirma orgulhoso. Um deles aconteceu em 2005, no Núcleo de Prática Jurídica da Dom Helder Câmara. Atuando como advogado, Carlos recebeu o caso de um senhor que pagava um plano de saúde para o filho de dois anos desde o seu nascimento, uma vez que a criança tinha uma doença grave. Decorrido algum tempo, o menino precisava de um transplante, mas o plano se negou a pagar. 

“Lembro-me que ingressei com uma ação para que ele tivesse acesso ao tratamento adequado. No fim das contas, o plano foi obrigado a cobrir todo o tratamento da criança”, recorda Carlos. Anos depois, o advogado foi surpreendido por pai e filho durante um passeio no shopping. 

“Ele me cumprimentou, mas não me lembrava ao certo de sua fisionomia. Ele, então, me contou o ocorrido e disse ao filho: fale um ‘oi’ pro doutor e agradeça, porque se não fosse ele, você não estaria vivo! Confesso que meus olhos marejaram, e naquele dia tive a certeza de ter escolhido a profissão certa”.
Redação DomTotal

Nenhum comentário :

Postar um comentário