«Recordar é mesmo viver»

Dimantino Antunes vivia então os dois primeiros anos de experiência pastoral no Niassa, na paróquia de Cuamba A sua profissão religiosa assumiu-se como o corolário da caminhada que iniciava e a confirmação da sua vocação missionária em pleno coração da cultura Macua-xirima. Foi, efectivamente, em Cuamba que deu os seus primeiros passos na sua vida missionária e foi em Maúa que se lançou na aprendizagem da língua deste povo que nunca deixou de falar e na cultura que nunca deixou de abraçar e que incendiou o seu sentido de serviço e de evangelização.

«Esta passagem pelas missões do Niassa serviu também para encontrar os missionários/as e os catequistas da região, formados no Centro Catequético do Guiúa e as famílias que irão frequentar o curso no próximo ano», disse o atual director do Centro Catequético, Diamantino Antunes.

Foi na língua macua que o festejado iniciou a celebração da Missa de acção de graças e saudou a assembleia em festa. Ao seu lado, na celebração, estavam os missionários da Consolata: José Salgueiro, português; Edilberto, colombiano; Kirikinto, moçambicano, Gabriel Casadei, italiano e seu companheiro de seminário, e José Frizzi, italiano, profundo conhecedor da língua e cultura macuas e seu mestre nos primeiros passos de experiência pastoral.

O festejado, nas palavras que proferiu, agradeceu aos padres, irmãs e animadores que o acompanharam nos primeiros tempos de missão com o seu exemplo, o seu entusiasmo e a sua determinação, e aos cristãos de Maúa e do Niassa o acolhimento e os ensinamentos que lhe transmitiram, determinantes para toda a sua vida enquanto padre e missionário.

O grupo viajará agora para a Missão de Massangulo e, atravessando o Malawi, irá visitar a nova missão da Consolata em Tete, no distrito de Fingoé. «A viagem tem corrido bem e tem sido uma ocasião para matar saudades: estive também em Mepanhira, Mecanhelas, Entre-Lagos e Cuamba, missões onde trabalhei», declara Diamantino Antuines, para quem «recordar é mesmo viver».

Fátima Missionária