17/09/2013

ACNUR condecora freira congolesa

A freira católica Angélique Namaika foi agraciada com o Prêmio Nansen de Refugiados - uma espécie de prêmio Nobel do mundo humanitário. O anúncio foi feito esta terça-feira, em Genebra, pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). No dia 2 de outubro, a religiosa será recebida em audiência, no Vaticano, pelo Papa Francisco.

Irmã Angélique, da Congregação das Irmãs Agostinianas, há 10 anos trabalha na remota cidade de Dungu, no nordeste da República Democrática do Congo, com mulheres vítimas do conflito congolês e, mais especificamente, da violência de gênero.

Ela ajuda mulheres e meninas deslocadas internas que foram forçadas a deixar suas casas por grupos armados, incluindo o Exército de Resistência do Senhor (Lord’s Residence Army, LRA).

Estima-se que aproximadamente 350 mil pessoas tenham sido forçadas a deixas suas casas na região de Dungu. A brutalidade do LRA é bastante conhecida, e depoimentos de mulheres confirmam esta prática.

A abordagem individual adotada pela Irmã Angélique no seu trabalho ajuda as vítimas a se recuperarem de seus traumas. Além do abuso que sofreram, essas mulheres e crianças vulneráveis ​​são frequentemente condenadas ao ostracismo por suas próprias famílias e comunidades. É necessário um tipo especial cuidado e carinho para ajudá-las a curar suas feridas e reconstruir suas vidas despedaçadas.

Algumas dessas mulheres congolesas encontraram refúgio no Brasil. As Caritas Arquidiocesanas de São Paulo e do Rio de Janeiro trabalham em parceria com o ANCUR.

O Brasil possui cerca de 4.400 refugiados de cerca de 70 nacionalidades. Os congoleses representam o 3º maior grupo (cerca de 13%), antecedidos pelos angolanos e colombianos.

Larissa Leita trabalha na Caritas Arquidiocesana de São Paulo e fala justamente da realidade das refugiadas congolesas no Brasil. Clique acima para ouvir a reportagem completa.
(BF)





do site da Rádio Vaticano 

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