17/09/2013

Testemunho das primeiras comunidades cristãs orienta novo ano

O clero da Arquidiocese de Évora reuniu-se esta segunda-feira em assembleia plenária, para preparar o novo ano pastoral dedicado à evangelização, ao testemunho e à vida em comunidade inspirados no livro dos Atos dos Apóstolos.
“Este ano quisemos que os cristãos fossem verdadeiros apóstolos e que convidassem as pessoas em geral a que façam uma experiência nova, viver a fé em profundidade e fazer uma experiência em comunidade, juntamente com as outras pessoas que já acreditam”, explica à Agência ECCLESIA D. José Alves, arcebispo de Évora, que presidiu à reunião do clero.
Depois de um ano onde convidaram as comunidades a professarem a sua fé no meio do mundo, este ano o desafio é darem testemunho através da palavra e do exemplo, “que outros também se sintam atraídos pela vida dos próprios cristãos”, acrescenta.
Para isso, a Arquidiocese de Évora propõe a sabedoria do livro dos Atos dos Apóstolos para o novo ano pastoral, apresentando como exemplo o testemunho das primeiras comunidades da Igreja.
“Não estamos apenas a fazer uma reconstituição histórica, estamos a aprender com os primeiros cristãos a força da fé, o dinamismo que o espírito incutiu nessas primeiras comunidades e que nós queremos que no tempo atual seja o verdadeiro interveniente e o verdadeiro ator na comunidade, que dinamize grupos, cada uma das paróquias e cada um dos movimentos eclesiais”, revela o prelado.
A preocupação pela evangelização origina que a Arquidiocese de Évora procure novas temáticas para cada ano e que a aproximação entre as pessoas e a Igreja e que as pessoas olhem a Igreja com novos olhos seja uma realidade.
“Todos precisamos de mudar um bocadinho a nossa maneira de ver, de pensar, de sentir, de analisar e avaliar as circunstâncias da Igreja e do mundo, das pessoas, dos que estão dentro e dos que estão fora”, observa o padre Manuel Marques, que apresentou o projeto do plano e programa pastoral ao clero.
“É possível que o mundo possa encontrar-se não só dentro das igrejas, como edifício, mas também na Igreja como comunidade e é possível a Igreja ir ao meio do mundo e ai ser Igreja e transmitir o testemunho verdadeiro do Evangelho”, acrescentou o sacerdote.
Segundo o padre Manuel Marques, existe a “preocupação de abrir a Igreja e ajudar o mundo a perceber que também pode vir à Igreja nesta atitude de uma nova mentalidade”.
O conferencista convidado, padre Santiago Guijarro, da Universidade de Salamanca (Espanha), destacou a “comunhão espiritual” das primeiras comunidades cristãs.
“Este regresso às origens abre-nos a mente para novas iniciativas, para novas experiências evangelizadoras que podem ser muito importantes na nova situação que estamos a viver”, assinalou.
CB/OC

Agência Ecclesia

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