Um estudo divulgado nesta segunda-feira (30) pela Firjan (Federação das Indústria do Estado do Rio de Janeiro) mostra que o Brasil precisa ampliar a cobertura e qualidade da banda larga para tornar as empresas mais competitivas mundialmente.
Segundo a pesquisa, um documento com 3,8 gigabyte demora cerca de nove horas e meia para ser baixado por uma pequena ou média empresa brasileira que utiliza velocidade de 1 megabyte por segundo. “As grandes empresas utilizam os chamados “links dedicados’ e conseguem velocidades maiores”, diz Cristiano Prado, gerente de competitividade industrial e de investimentos da Firjan.
Na Coreia do Sul, o tempo para qualquer empresa cai para 34 segundos, considerando a velocidade de 1 gigabyte por segundo. Segundo a Firjan, em 2012, o país asiático universalizou essa velocidade para as suas empresas, o equivalente a mil vezes mais do que a meta do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) do Brasil, que pretende universalizar a cobertura de 1 Mbps para micro e pequenas empresas em 2014.
“A internet é um insumo para as empresas tão importante quanto outros serviços básicos, como energia elétrica e gás”, afirma Prado. Segundo o gerente da Firjan, o Brasil precisa de metas mais ambiciosas. “Ao se olhar para outros países, vemos que elas são muito modestas.” Ele cita países como Índia, que quer universalizar a cobertura de 10 Mbps para empresas nas grandes cidades, e a vizinha Argentina, que estabeleceu que 80% das empresas devem ter acesso de 50 Mbps em 2016.
Outros exemplos mostrados no estudo são a Alemanha, que terá 75% das empresas com acesso a velocidade de 50 Mbps em 2014, e Cingapura, onde a cobertura de 1 Gbps será atingida pelas empresas neste ano. A pesquisa traz ainda uma radiografia da banda larga para empresas no país atualmente. Houve queda no custo do serviço. Para contratar 1 mbps de velocidade o custo é de R$ 48,55, ante os R$ 70,85 de 2011. No caso de 10 mbps, o preço foi de R$ 105,23, em 2011, para R$ 88,87.
No entanto, a minoria das empresas brasileiras possui acesso à internet de velocidade superior a 10 mbps. O percentual não foi informado. Segundo a Firjan, devido a limitações da infraestrutura existente, parte considerável das empresas ainda utiliza velocidade de até 1 mbps. “Muitas empresas simplesmente não conseguem contratar uma velocidade maior porque há locais onde não há esse acesso”, diz Prado.
Diário do Nordeste
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