A cada três segundos morre uma criança no mundo. A nossa
sociedade avançou muito no tocante ao conhecimento. Vivemos na era da
informação, das grandes invenções, dos mega entretenimentos, dos celulares de
ponta com tecnologia que excede a sua função original de originar e receber
chamadas. Estamos no tempo da terceira grande revolução industrial, a
informática, bio-engenharia-genética, da nanotecnologia.
Nunca se soube tanto sobre o homem, sua constituição
bio-genética, psicológica, cultural, antropológica, histórica, social, filosófica
e religiosa quanto hoje. No entanto, quanto mais inteligentes nos tornamos, a
humanidade vem retrocedendo naquilo que lhe é fundamental: está deixando de ser
humana, civilizada, perdendo a capacidade de sentir compaixão pelo outro, perdendo
os olhos da sensibilidade.
Sem falar que Deus, que nas sociedades de outrora era o
fundamento de unidade da multiplicidade e o sentido fundamental da existência
da totalidade, se tornou um instrumento de chacota, algo ultrapassado. Verdadeiramente,
estamos sem chão, sem fundamento, sem norte para as questões mais fundamentais
da vida.
Flutuamos em nuvens, apenas, porque todo conhecimento conseguido
até agora, os mesmos sobre os quais a humanidade se ancorou como realidade
inegável e como fundamento da vida são tão abortivos quanto o tempo que passa
se posto como instrumento da vaidade e do progresso econômico das
multinacionais.
O conhecimento sem a sabedoria torna o homem vaidoso, com o sentimento
exacerbado de deísmo. Mas o conhecimento posto para o melhoramento da vida
humana, com a real preocupação pela proteção e promoção da vida no planeta nos
faz sábios, nos faz filhos e herdeiros da verdade!
* Padre da Arquidiocese de Fortaleza e estudante na Universidade Gregoriana em Roma
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