08/10/2013

Vivemos na era da informação e das grandes invenções

Augusto ValeA cada três segundos morre uma criança no mundo. A nossa sociedade avançou muito no tocante ao conhecimento. Vivemos na era da informação, das grandes invenções, dos mega entretenimentos, dos celulares de ponta com tecnologia que excede a sua função original de originar e receber chamadas. Estamos no tempo da terceira grande revolução industrial, a informática, bio-engenharia-genética, da nanotecnologia.
Nunca se soube tanto sobre o homem, sua constituição bio-genética, psicológica, cultural, antropológica, histórica, social, filosófica e religiosa quanto hoje. No entanto, quanto mais inteligentes nos tornamos, a humanidade vem retrocedendo naquilo que lhe é fundamental: está deixando de ser humana, civilizada, perdendo a capacidade de sentir compaixão pelo outro, perdendo os olhos da sensibilidade.
Sem falar que Deus, que nas sociedades de outrora era o fundamento de unidade da multiplicidade e o sentido fundamental da existência da totalidade, se tornou um instrumento de chacota, algo ultrapassado. Verdadeiramente, estamos sem chão, sem fundamento, sem norte para as questões mais fundamentais da vida.
Flutuamos em nuvens, apenas, porque todo conhecimento conseguido até agora, os mesmos sobre os quais a humanidade se ancorou como realidade inegável e como fundamento da vida são tão abortivos quanto o tempo que passa se posto como instrumento da vaidade e do progresso econômico das multinacionais. 
O conhecimento sem a sabedoria torna o homem vaidoso, com o sentimento exacerbado de deísmo. Mas o conhecimento posto para o melhoramento da vida humana, com a real preocupação pela proteção e promoção da vida no planeta nos faz sábios, nos faz filhos e herdeiros da verdade!

* Padre da Arquidiocese de Fortaleza e estudante na Universidade Gregoriana em Roma


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