Pelo terceiro ano consecutivo, a Coreia do Norte melhorou a sua situação alimentar. Apesar das deficiências na distribuição e a consequente dependência do mercado não oficial, registaram-se avanços consideráveis, mas que continuam a negligenciar as crianças e os idosos. Os dados agora divulgados indicam um aumento de cinco por cento de alimentos disponíveis nos últimos 12 meses.
Para os especialistas, citados pela agência Misna, esta melhoria pode dever-se ao comércio informal, que também recorre à pequena produção familiar de frutas, legumes, produtos lácteos, ovos e carne, onde é possível iludir as normas estabelecidas pelo governo. Ou seja, a produção é distribuída através do intercâmbio direto de bens.
A desnutrição no país, que está submetido a um controlo muito apertado do regime de Kim Jong-un, é uma constante desde 1953. Centenas de milhares de norte-coreanos morreram de fome nos anos de 1990, com especial incidência nos mais novos, sobretudo nos primeiros anos de vida. A quantidade de mortes reduziu drasticamente, mas persiste o drama da falta de nutrientes essenciais na dieta nacional, com graves danos no crescimento das crianças. O PAM e a ONU estimam que existe um défice de 40 mil toneladas de alimentos no país.
Fátima Missionária
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