16/01/2014

BARBALHA: Natureza e folclore

A cidade é pequena em relação às vizinhas Juazeiro e Crato, mas esbanja em grandiosidade ao apresentar um centro histórico preservado, a beleza da Floresta Nacional do Araripe e as tradições culturais que passam de pai para filho
A denominação da cidade se refere a uma senhora de sobrenome Barbalha, uma das primeiras moradoras do lugar. Proprietária do principal ponto de apoio e hospedagem da região, a antiga moradora tornou-se conhecida por sua hospitalidade, o que contribuiu para que a localidade herdasse o seu nome.

O Arajara Park é uma das atrações de lazer em Barbalha, formado por piscinas e toboáguas para atrair os visitantes em qualquer época do ano, principalmente nas temporadas de férias escolares, nos meses de janeiro e julho foto: divulgação

Barbalha vem crescendo ao longo dos anos, mas preserva sua essência de tranquilidade. Ali, a vida parece passar sem pressa. No vaivém cotidiano há sempre tempo para parar por instantes e colocar a conversa em dia numa calçada do centro histórico ou num banco de uma praça bem cuidada.

O turista chega, sente a hospitalidade herdada de dona Barbalha e se encanta com a atmosfera de tranquilidade, que convida ao descanso e lazer a dois, em família ou na companhia de amigos. Não faltam opções para curtir o tempo livre. Por situar-se na encosta da Chapada do Araripe, a cidade oferece vasta área de floresta nativa salpicada de fontes de água mineral e trilhas ecológicas, sem contar dezenas de reservas ecológicas particulares para proteção e preservação do ecossistema.

O passeio por Barbalha se estende ao vasto e preservado sítio arquitetônico, onde se destacam prédios públicos e particulares erguidos no período colonial. O visitante percorre ruas de paralelepípedo e mergulha na história para todas as gerações. São destaques a Igreja Matriz de Santo Antônio e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, além do antigo Casarão Hotel e o Palácio 3 de Outubro. Placas oferecem mais detalhes sobre as construções.

Além dos parques, Barbalha conta com templos como a Igreja do Rosário e oferece banhos em poços naturais, o que diversifica os atrativos do lugar fotos: Kiko Silva 

O roteiro turístico pela pacata cidade e arredores alcança a zona rural, com visita aos engenhos e a chance de experimentar a rapadura produzida no lugar exatamente no momento da fabricação. Não por acaso Barbalha é chamada de a Terra dos Verdes Canaviais.

Barbalha se apresenta como um celeiro de cultura popular no interior do Brasil. A festa maior acontece, anualmente, em junho e homenageia o padroeiro da cidade, Santo Antonio. Sagrado e profano se misturam. O ponto alto é o hasteamento do Pau da Bandeira defronte à Igreja Matriz. A alegria se espalha por todo o centro histórico, com apresentações de dezenas de grupos folclórico-culturais e religiosos, como penitentes, incelências, folguedos e reisados em que os brincantes interpretam reis, rainhas, santos ou guerreiros. 


Diário do Nordeste

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