21/01/2014

Dilma acerta ida de Mercadante para Casa Civil

Estreia informal do petista aconteceu em encontro no Palácio da Alvorada com a presidente e com Lula
Brasília. Em reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada, na tarde de ontem, a presidente Dilma Rousseff desenhou a reforma ministerial e, paralelamente, tratou da estratégia de campanha nos Estados. A ida do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que já foi convidado por Dilma para assumir a Casa Civil no lugar de Gleisi Hoffmann, deve dar o pontapé inicial à mudança no primeiro escalão do governo que a presidente pretende promover até o Carnaval.


O ainda ministro da Educação ganhou a confiança do Planalto após representar o governo junto na mídia após as manifestações de junho FOTO: AGÊNCIA BRASIL

Mercadante ganhou a confiança de Dilma no ano passado e o sinal verde do ex-presidente Lula para cuidar da gerência do governo no lugar de Gleisi, que volta ao Senado e disputará o governo do Paraná.

Com a saída dele da Educação, a substituição deverá ser caseira. A não ser que precise da Pasta para acalmar a base aliada, o cargo será ocupado por José Henrique Paim, atual secretário executivo do Ministério.

A estreia informal de Mercadante, em encontro no Palácio da Alvorada, com Dilma e Lula, tratou muito das intrincadas alianças regionais. Hoje o PT tem problemas para formar palanques regionais com seus aliados em praticamente todos os Estados. Como de costume, o principal parceiro, o PMDB, é o maior insatisfeito.

A troca na Casa Civil, que só deve ser oficializada depois que Dilma retornar de duas viagens internacionais, marca o início da reforma ministerial. Pelo menos 10 ministros devem deixar o governo federal para disputar as eleições em outubro.

Dificuldades

"A reforma ministerial e qualquer confirmação sobre ministros será feita apenas após o retorno da presidente Dilma de sua viagem para Europa e Cuba", disse o porta-voz da presidência, Thomas Traumann, que, aliás, não confirmou a indicação de Mercadante.

As mudanças a serem promovidas por Dilma terão por objetivo também agregar o maior número possível de aliados para seu projeto de reeleição. Quanto mais partidos na aliança, mais tempo a petista terá na TV durante a campanha. Dilma tem tido dificuldades para atender todos os pedidos de novos e antigos aliados que almejam um lugar na Esplanada dos Ministérios.

Na semana passada, ao informar ao PMDB que devido ao pedido dos demais aliados não poderia entregar o comando do Ministério da Integração ao partido, a presidente enfrentou a fúria de uma ala peemedebista que considera acanhado o espaço da legenda no primeiro escalão.

Na elaboração da reforma, Dilma tentará atender as demandas do PP, que comanda o Ministério das Cidades e quer pelo menos mais uma pasta; do PSD, que comanda a pasta de Micro e Pequenas Empresas; do recém-criado Partido Republicano da Ordem Social (Pros); e do PTB, que pede um ministério. 


Diário do Nordeste

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