20/01/2014

Planetário itinerante leva aos alunos de Baturité o ensino da Astronomia

O equipamento é um simulador do espaço astral planejado para ensinar noções sobre os planetas e o cosmo
Baturité. O interesse pela astronomia deverá aumentar a partir do primeiro semestre letivo deste ano nas escolas públicas do Maciço de Baturité. O atrativo será a implantação de um "Planetário Supernova", um simulador do espaço astral cuidadosamente planejado para ensinar noções sobre os planetas e o cosmo, em qualquer espaço público, como em pátios, nas quadras poliesportivas, onde ele puder ser montado.

O observatório, que também pode ser montado em lugares abertos, conta com estudantes africanos e timorenses como voluntários. FOTO: ALEX PIMENTEL

Quando os alunos da rede pública retornarem às aulas, no início de fevereiro, serão surpreendidos pela cúpula especial, inflável, montada praticamente ao lado do quadro negro. Terão a oportunidade de ficar mais perto dos astros. O projeto, de iniciativa do Governo Federal, através do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), será desenvolvido na região pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro Brasileira (Unilab) e pelo Instituto de Ciências da Natureza e Matemática (ICEN).

A iniciativa atenderá os 13 municípios do Maciço de Baturité. Conforme o coordenador do projeto, o físico Michel Granjeiro, com mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), embora exista nos Parâmetros Curriculares Nacionais o ensino de Astronomia, raramente uma discussão sobre seus temas é vivenciada nas escolas públicas.

"Em geral, observa-se nos estudantes que estão em contato com uma disciplina desta natureza um interesse muito grande por esses assuntos, mas infelizmente, na maioria das vezes, esse interesse tem que ser enterrado por falta de equipamentos que proporcionassem melhores condições para o aprendizado e melhores discussões sobre o tema", destaca Granjeiro.

Ele avalia a importância do instrumento; pois, segundo Granjeiro, certamente aumentará a curiosidade que os alunos sentem por essa disciplina e suprirá um pouco a deficiência no ensino de Astronomia, seja do Ensino Fundamental ou do Ensino Médio "contribuindo de maneira concreta para o aprendizado", completa Granjeiro.

Programação

Os professores da rede pública também serão beneficiados, aperfeiçoando seus conhecimentos na área de Ciências. Devido às férias escolares da região terminarem no fim de janeiro, as visitas às escolas terão início na primeira semana de fevereiro, atendendo primeiramente ao público do Ensino Fundamental.

Uma apresentação encontra-se em fase de finalização para esse público. A previsão é que a partir de março as turmas de Ensino Médio sejam também contempladas com o planetário. Segundo Granjeiro, o Planetário Supernova faz parte do projeto Planetário Itinerante do Maciço de Baturité, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

O objetivo é consolidar o ensino de Astronomia nas escolas de ensino Fundamental e Médio. Trata-se de uma iniciativa do Governo Federal para tentar aproximar as pessoas da Ciência, em especial os jovens.

No total, foram liberados R$ 129. 000, para a compra de todos os equipamentos. Junto com o planetário, constituído por um domo de seis metros de diâmetro, com capacidade para até 50 pessoas, há um projetor eletrônico de última geração, insufladores para enchimento da cúpula, dois telescópios refletores obsonianos profissionais motorizados de 409 mm cada, três telescópios refletores newtonianos de 302mm cada e até um aparelho de ar condicionado para deixar o clima ameno dentro da cúpula.

Os três telescópios refletores newtonianos de 302 mm já estão sendo utilizados no projeto Astronomia ao alcance de todos. Essa iniciativa leva para as praças da região em torno da Unilab os telescópios e convida a comunidade para fazer observações da superfície da Lua na fase Crescente e os planetas visíveis na noite. A previsão é que a partir de fevereiro os telescópios gigantes também sejam levados para as praças.

Atualmente os dois projetos envolvem dois estudantes bolsistas, de Iniciação Científica, Antônio Luan Ferreira Eduardo e Francisco Márcio Morais de Oliveira e 15 estudantes voluntários. "O Planetário Supernova conta com estudantes africanos e timorenses como voluntários", completou Michel Granjeiro.

Mais informações:

Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira/ Instituto de Ciências da Natureza e Matemática 
Telefone: (85) 8853.0165

ALEX PIMENTELCOLABORADOR 

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