Mario Celso Petraglia, enfim, rompeu o silêncio. Depois de Curitiba ser ameaçada com a possibilidade de perder a chance de ser uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014, por conta do atraso nas obras da Nova Arena da Baixada, o presidente do Atlético-PR falou à rádio oficial do clube a respeito da situação. Sem papas na língua, o mandatário criticou a falta de apoio financeiro para reformar o estádio.
“Com todas as dificuldades e paralisações, ficamos sem giro, sem caixa. Sem caixa, você não dá tranquilidade aos fornecedores, não dá segurança aos empreiteiros, não paga os funcionários, não cumpre a programação e gera uma falta de credibilidade muito grande”, revelou Petraglia.
O mandatário criticou as questões políticas em torno da obra, e culpou isto pelo fato de o Atlético não ter entregado a obra a uma grande empreiteira. A CAP S.A., que comanda a obra, não tem, segundo Petraglia, o dinheiro para publicidade que outros possuem.
“Tivemos interdição, questões políticas, pelo Ministério Público, em uma obra que não teve um acidente. Outros lugares tiveram mortes e não foram interrompidos. Os contratos não estão sendo cumpridos. Nós não podemos pagar esta conta. Não podemos terminar uma obra quatro anos depois querendo que se faça milagre. Teremos um custo menor que 6 mil reais o assento. Menos que metade da média nacional. Sem garantias não se tem financiamento”, destacou, antes de garantir Curitiba como sede da Copa do Mundo:
“Estamos dando este fôlego final para que a Copa não saia de Curitiba, para que não passemos esta vergonha nacional. Mesmo com tudo isso, teremos Copa em Curitiba”, disse o mandatário, que afirmou ter chegado ao limite por receber a culpa e a cobrança pela obra.
A Fifa deu prazo até dia 18 de fevereiro para que a obra avance consideravelmente. Segundo Petraglia, 90% das instalações estão concluídas. O estádio receberá quatro jogos da primeira fase do Mundial.
Lance
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