O arcebispo de São Luís (MA) e vice-presidente da CNBB, dom José Belisário, presidiu ontem, 4, missa de envio de duas religiosas que irão em missão ao Haiti. A missa foi concelebrada pelos bispos e padres que participam da reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), realizada em Brasília, de 4 a 6 de fevereiro.
Na missa de envio, dom Belisário lembrou que a missão da Igreja no Brasil, no Haiti, é representada por mulheres. Desde 2010, quando se iniciou o projeto, foram enviadas seis missionárias. As irmãs Maria Câmara e Ideneide se somarão às demais religiosas presentes no país.
Irmã Maria Câmara, da Congregação Serva da Santíssima Trindade, e irmã Ideneide do Rego, Carmelita da Divina Providência, viajarão para o Haiti amanhã, 6, para atuar em projetos de inclusão social e de sobrevivência, por meio da colaboração em situações emergenciais. As religiosas permanecerão no país por três anos.
Dom Belisário lembrou ainda da importância e dos desafios da missão. "O Evangelho por si mesmo é boa notícia. Um dos critérios para avaliar nossa evangelização é observar se estamos levando notícia boa. Porém, ao mesmo tempo que se assume a boa notícia, devemos assumir a cruz", disse ao recordar as dificuldades que o Haiti enfrenta. "Talvez essas duas irmãs vão encontrar o sofrimento humano, mas ele não deve abater e sim ser uma retomada do povo", acrescentou.
Ao final da missa, foram entregues duas bandeiras do Haiti às religiosas. "Que as duas irmãs levem a alegria do Evangelho e anunciem a cruz redentora de Jesus", disse dom Belisário.
Parceria
O projeto de solidariedade com o Haiti é uma parceria entre as igrejas dos dois países. Surgiu logo após a tragédia do terremoto na capital haitiana. Trata-se de uma iniciativa da CNBB e da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). "É um compromisso missionário da Igreja no Brasil com o Haiti", explica a vice-presidente da CRB, irmã Maria Inês Ribeiro.
Segundo a religiosa, o projeto tem como objetivo despertar a consciência do povo e das autoridades haitianas para a situação do país, que é de extrema pobreza. Irmã Inês afirma ainda que a presença das missionárias brasileiras no Haiti, além de conscientizar sobre a realidade, desperta esperança.
Fonte: www.cnbb.org.br
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