A organização não governamental Human Rights Watch (HRW) denunciou esta quinta-feira, 6 de fevereiro, que milhares de mulheres continuam a ser detidas ilegalmente no Iraque e submetidas a torturas, maus-tratos, e, em alguns casos, a abusos sexuais. Num relatório com 105 páginas, os ativistas criticam ainda a fragilidade do sistema judicial iraquiano.
«O frágil sistema judicial, marcado pela corrupção, frequentemente baseia as suas condenações em confissões forçadas e processos judiciais muito afastados dos padrões internacionais. Muitas mulheres permanecem detidas durante meses, ou anos, sem acusação formal, antes de serem presentes a um juiz», refere a HRW.
O relatório foi feito com base em entrevistas às vítimas, familiares, advogados e profissionais de saúde e complementado com a consulta de documentos judiciais. As conclusões não podiam ser mais preocupantes. «As forças de segurança e as autoridades atuam como se os brutais abusos sobre as mulheres tornem o país mais seguro», afirma o subdiretor da HRW para o Norte de África e Médio Oriente, Joe Stork.
Fátima Missionária
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