Beirute (AFP) - As tropas do regime sírio retomaram nesta sexta-feira o controle de grande parte da prisão central de Aleppo, no norte da Síria, dominada na quinta pelos rebeldes, anunciou uma ONG, que citou 47 mortos nos combates.
"Os combates entre as forças governamentais e os combatentes da Ahrar al-Sham e da Frente Al-Nosra continuam" nos arredores da prisão, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Segundo o OSDH, que se baseia em uma ampla rede de militantes e fontes médicas e militares, ao menos 47 pessoas morreram durante os combates entre a quinta e esta sexta-feira (20 soldados, 22 combatentes rebeldes e 5 prisioneiros).
Não há informações confiáveis sobre o que teria acontecido com os prisioneiros.
O OSDH chegou a indicar na quinta-feira que centenas de detidos haviam sido libertados. Mas com a retomada da prisão pelo regime, não é certo que eles tenham conseguido escapar.
Há meses os rebeldes tentam em vão controlar essa prisão, que supostamente abriga cerca de 3.000 presos, incluindo militantes islâmicos e menores de idade, em condições degradantes.
De acordo com a ONG, a falta de alimentos e medicamentos, assim como a violência no interior do complexo penitenciário, custaram a vida de 600 detidos nos últimos meses.
Segundo o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, o ataque rebelde contra a prisão começou quinta-feira, com um atentado suicida cometido por um combatente da Al-Nosra na entrada principal da prisão. "Um grande número de rebeldes atacou depois a prisão".
Em Aleppo e em outras regiões, o regime continua seus ataques aéreos com barris de explosivos, que mataram ao menos 260 pessoas, incluindo 73 crianças, em uma semana, indicou a ONG.
Nesta sexta-feira, onze pessoas, entre elas cinco crianças, morreram nesse tipo de ataque em Kafr Zita, na província de Hama (centro).
Já a imprensa estatal anunciou que nove pessoas morreram e 19 ficaram feridas depois de terem sido atingidas por morteiros disparados por "terroristas" - termo utilizado pelo regime para designar os rebeldes- nos bairros de Aleppo controlados pelo Exército.
Em quase três anos, o conflito na Síria deixou mais de 136.000 mortos, segundo o OSDH, e milhões de deslocados internos e refugiados.
AFP
Dom Total
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