31/03/2014

'É blasfêmia pensar que a incapacidade é um castigo”

O Papa Francisco disse que para Jesus é uma blasfêmia pensar que as pessoas com necessidades especiais ou que a doença sejam um castigo de Deus, em uma audiência na Sala Paulo VI na presença de cerca de 600 cegos e 6.000 surdos-mudos.

Por isso, promoveu “a cultura do encontro” frente a “cultura da exclusão e do preconceito”, e convidou para libertar-se do “pessimismo estéril” e abrir-se à vida “com esperança”, e denunciou que “o preconceituoso, exclui”.

Em um discurso dirigido ao Movimento Apostólico de Cegos e à Pequena Missão para os Surdos-mudos, Francisco afirmou que somente aquele que reconhece “a própria fragilidade” e as “próprias limitações” pode construir “relações fraternas e sólidas” na Igreja e na sociedade e “encontrar Jesus”.

Por isso, destacou que o doente ou a pessoa com necessidades especiais, “a partir da sua fragilidade, seus limites”, pode ser testemunha do encontro com Jesus, “que abre à vida, à fé e ao encontro com os outros e com a comunidade”.

No encontro do qual participaram também membros da União Italiana de Cegos, o Pontífice manifestou que Jesus queria fazer testemunhas pessoas “marginalizadas, excluídas, desprezadas” porque, sobretudo, queria encontrar-se com pessoas assinaladas pela “doença” ou “a incapacidade” para “curá-las e restituir-lhes a dignidade”.

O Papa refletiu sobre o que significa encontrar-se com Jesus e explicou que “somente quem o conhece verdadeiramente, converte-se em testemunha”.
Religión Digital, 29-03-2014

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