Extração abrange uma área de 16 mil quilômetros quadrados.
A ministra de Meio Ambiente do Equador, Lorena Tapia, confirmou, nesta quinta-feira (22), que a Petroamazonas, uma subsidiária da companhia estatal de petróleo, já possui a autorização para começar a construir estradas de acesso visando à exploração de petróleo na região de Yasuní, classificada como uma Reserva Natural da Biosfera pela UNESCO.
A extração de petróleo está programada para ser iniciada em 2016 no chamado bloco 43, que abrange uma área de 16 mil quilômetros quadrados.
Este pode ser o capítulo final na, até agora, triste luta para que as reservas de petróleo do Yasuní continuem intocadas. Muitas foram as iniciativas para proteger a região, algumas delas do próprio governo equatoriano.
Por exemplo, em 2007, o presidente Rafael Correa deu início a uma campanha para arrecadar junto à comunidade internacional US$ 3,6 bilhões em 13 anos como compensação para não explorar o petróleo, e assim preservar o Yasuní.
A iniciativa fracassou oficialmente em 2013, quando o Equador divulgou que apenas US$ 13 milhões foram arrecadados.
“O fator fundamental do fracasso é que o mundo é uma grande hipocrisia”, afirmou Correa na época.
Mais recentemente, um abaixo assinado com mais de 800 mil assinaturas foi produzido para forçar um referendo popular sobre o futuro de Yasuní. Porém, no começo de maio, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador rejeitou quase meio milhão das assinaturas, argumentando que estavam repetidas, com dados incompletos ou eram de crianças.
Instituto Carbono Brasil
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