D. Serafim Ferreira e Silva destaca sentido de Igreja do falecido arcebispo de Braga
Lisboa, 20 mai 2014 (Ecclesia) – O bispo emérito de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira e Silva, manifestou hoje a sua gratidão pela vida de D. Eurico Dias Nogueira, arcebispo emérito de Braga que faleceu esta segunda-feira, aos 91 anos.
“O meu testemunho é de admiração e de gratidão”, disse à Agência ECCLESIA, recordando um homem com grande “sentido de Igreja” e de “família” que desempenhou a sua missão na Igreja “não como quem exerce uma autoridade, mas como quem dialoga”. D. Serafim Ferreira e Silva, que foi bispo auxiliar de Braga entre 1979 e 1981, convivendo com D. Eurico Dias Nogueira, lembra um homem “bom, sincero, amigo” e um prelado “missionário” e “intelectual”, com a “inteligência do coração”. Para o antigo bispo de Leiria-Fátima, o falecido arcebispo deve ser recordado pelo seu papel de promotor do diálogo, com as outras religiões, em África, e com os mundos da cultura e da política, em Portugal “D. Eurico tinha esse poder comunicativo, de respeito, de procura das bases da humanidade”, sem ir “no sentido da autoridade que se impõe”, precisa. A Câmara de Braga decretou hoje o cumprimento dois dias de luto municipal pelo falecimento do arcebispo emérito, cujo funeral se vai celebrar esta quarta-feira, às 15h30, na catedral da arquidiocese minhota. D. Eurico Dias Nogueira nasceu a 6 de março de 1923 em Dornelas do Zêzere, Concelho de Pampilhosa da Serra e Diocese de Coimbra. Foi ordenado padre a 22 de dezembro de 1945 e no final do mesmo mês passou a frequentar o Colégio Pontifício Português, em Roma; em 1948 reiniciou a atividade docente e pastoral em Coimbra e dez anos depois tornou-se membro do Cabido da Sé. A 10 de julho de 1964 o Papa Paulo VI nomeou-o bispo de Vila Cabral, atual Lichinga, em Moçambique, e a partir de setembro participou na terceira sessão do Concílio Vaticano II, assembleia que decorreu de 1962 a 1965. Recebeu a ordenação episcopal no dia 6 de dezembro de 1964 e em 1972 foi transferido para Sá da Bandeira, hoje Lubango, em Angola. D. Eurico Dias Nogueira pediu a resignação da diocese angolana, aceite por Paulo VI a 3 de fevereiro de 1977, e a 5 de novembro do mesmo ano o Papa nomeou-o arcebispo de Braga, missão que manteria durante mais de duas décadas, até 1999. PR/OC Agência Ecclesia |
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