«É um presente maravilhoso de Deus» que deve ser utilizado «em benefício de todos», sublinhou Francisco hoje na audiência pública
Cidade do Vaticano, 21 mai 2014 (Ecclesia) – O Papa lançou hoje no Vaticano um apelo ao respeito pela Natureza e pela obra da Criação, durante a sua audiência pública com os peregrinos.
“A Criação é um dom, um presente que Deus ofereceu a todos os homens, e cada vez que a destruímos, estamos a destruir esse sinal do amor de Deus”, referiu Francisco, na mensagem que transmitiu a milhares de fiéis, na Praça de São Pedro. A catequese do Papa foi novamente inspirada nos sete dons do Espírito Santo, e incidiu desta vez na graça da “ciência”, que abre o coração e o entendimento das pessoas “à realidade que as rodeia” e “às leis que regem a natureza e o universo”. No que concerne à Criação, sublinhou Francisco, ela “não é uma propriedade, algo de que as pessoas se possam apoderar e utilizar a seu gosto, e muito menos propriedade apenas de alguns, poucos”. “É um presente maravilhoso de Deus, para que nós cuidemos dele e o utilizemos em benefício de todos, sempre com grande respeito e gratidão”, frisou. O Papa destacou a importância de “pedir ao Espírito Santo o dom da ciência para agradecer a Deus toda a beleza que criou e deu”, e lembrou que o respeito pela Criação não implica apenas a preservação do meio-ambiente ou dos recursos naturais mas também a preservação de toda a vida humana. “Aos olhos de Deus, nós somos a peça mais bonita, mais grandiosa e mais nobre da Criação”, apontou. Na sua saudação aos peregrinos de língua portuguesa, Francisco fez votos de que “esta peregrinação a Roma tenha contribuído para fortalecer em todos a fé e reforçar, através do amor de Deus, os seus vínculos com a família, a Igreja e a sociedade”. O Papa reforçou depois o apelo “à solidariedade, ao apoio concreto da comunidade internacional” e à oração para a "dura" provação que estão a passar as populações da Bósnia-Herzegovina, da Sérvia e da Croácia. Naquelas que são consideraras como as piores cheias dos últimos 120 anos, na região dos Balcãs, já perderam a vida cerca de 50 pessoas e mais de 1 milhão e seiscentas mil foram afetadas pela subida das águas. JCP Agência Ecclesia |
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