Banda com milhares de fãs europeus diz representar 'Berlim multicultural'.
Estourado na Alemanha, grupo toca no Ibirapuera no sábado, com Criolo.
Dezessete músicos tocam reggae em alemão e inglês, enquanto fazem coreografias desajeitadas, em frente a uma arena lotada de loiras ensandecidas em Berlim. A cena inusitada pode ser conferida em gravações do Seeed (veja vídeo). Para os incrédulos, a banda dá as caras com formação completa em São Paulo, neste sábado (24), em show gratuito no Ibirapuera. O paulista Criolo vai fazer uma participação especial.
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Formado em 1998, o grupo de reggae e dancehall faz shows para multidões na Europa, especialmente na capital alemã, sua cidade de origem. "Berlim é uma cidade especial, como Nova York nos EUA, multicultural. Talvez no interior do país isso não aconteceria", diz ao G1Frank Deleé, um dos vocalistas. O disco mais recente do Seeed, autointitulado, de 2012, chegou ao primeiro lugar das paradas na Alemanha. "Quero mostrar às pessoas que não devem julgar um livro por sua capa", diz o músico, para convencer os brasileiros a participar do bailão germânico. A produção do show é caprichada e os músicos até se arriscam em coreografias. "Mas não é nada complicado. Um passinho para o lado, todo mundo sabe fazer", diz Dallé sobre o suingue nada complexo do alemão.
G1 – O som de vocês não condiz com a imagem que temos aqui da Alemanha, fria e séria. Como chegaram a esse estilo festivo?
Frank Deleé – As pessoas têm esses preconceitos, e geralmente estão erradas. Berlim é uma cidade especial, como Nova York nos EUA, multicultural. Talvez no interior do país isso não aconteceria. Depois da Segunda Guerra, ninguém aqui queria parecer alemão. Houve uma onda de rock, soul, reggae e até música brasileira. Agora usamos isso para cantar sobre nossa vida na cidade, e na nossa língua. Nasci em Berlim mas passei a infância em Gana. Voltei com influência de Bob Marley, que muitas pessoas aqui também têm. Há um fascínio por esse tipo de "black soul music". E tudo isso resulta no show quente do Seeed.
Frank Deleé – As pessoas têm esses preconceitos, e geralmente estão erradas. Berlim é uma cidade especial, como Nova York nos EUA, multicultural. Talvez no interior do país isso não aconteceria. Depois da Segunda Guerra, ninguém aqui queria parecer alemão. Houve uma onda de rock, soul, reggae e até música brasileira. Agora usamos isso para cantar sobre nossa vida na cidade, e na nossa língua. Nasci em Berlim mas passei a infância em Gana. Voltei com influência de Bob Marley, que muitas pessoas aqui também têm. Há um fascínio por esse tipo de "black soul music". E tudo isso resulta no show quente do Seeed.
G1 – Também há influência latina. Como será mostrar isso latino-americanos?
Frank Deleé – Quero mostrar às pessoas que não devem julgar um livro por sua capa. E fico empolgado por tocar aí, tenho grande expectativa. Por exemplo: sei que a imagem brasileira é de gente que sabe dançar e festejar, mas quem sabe isso não seja verdade? Se eu não fosse da banda, iria lá conferir esse show.
Frank Deleé – Quero mostrar às pessoas que não devem julgar um livro por sua capa. E fico empolgado por tocar aí, tenho grande expectativa. Por exemplo: sei que a imagem brasileira é de gente que sabe dançar e festejar, mas quem sabe isso não seja verdade? Se eu não fosse da banda, iria lá conferir esse show.
G1 – Como descreveria um show do Seeed a um brasileiro que nunca viu?
Frank Deleé – Temos vários discos gravados, mas somos uma banda de shows. Tocamos há uns 15 anos e damos a mesma importância ao visual e ao som. Não é só tocar a música, mas apresentar de certa maneira. Se você gosta de James Brown, com aquele tratamento especial aos sopros, vai gostar.
Frank Deleé – Temos vários discos gravados, mas somos uma banda de shows. Tocamos há uns 15 anos e damos a mesma importância ao visual e ao som. Não é só tocar a música, mas apresentar de certa maneira. Se você gosta de James Brown, com aquele tratamento especial aos sopros, vai gostar.
G1 – Vi vídeos de shows na Alemanha, com muitas coreografias. Como as criam?
Frank Deleé – Não somos dançarinos, como essas boy bands. Mas pensamos em fazer movimentos do jeito certo, que todos possam fazer. Simples e eficiente. Amamos detalhes. Mas não é nada complicado. Um passinho para o lado, todo mundo sabe fazer.
Frank Deleé – Não somos dançarinos, como essas boy bands. Mas pensamos em fazer movimentos do jeito certo, que todos possam fazer. Simples e eficiente. Amamos detalhes. Mas não é nada complicado. Um passinho para o lado, todo mundo sabe fazer.
G1 - Por que convidaram o Criolo?
Frank Deleé – Já que vamos tocar no Brasil, não queríamos que as pessoas perdessem o show, gente que talvez não iria ver uma banda da Alemanha. Queríamos alguém que fosse tão bom aí como somos aqui. Vimos os vídeos do Criolo, são incríveis. Mesmo que eu não entenda português, vejo que é incrível o espírito dele. Você percebe as vibrações. Será uma colaboração curta. Quem sabe depois façamos mais...
Frank Deleé – Já que vamos tocar no Brasil, não queríamos que as pessoas perdessem o show, gente que talvez não iria ver uma banda da Alemanha. Queríamos alguém que fosse tão bom aí como somos aqui. Vimos os vídeos do Criolo, são incríveis. Mesmo que eu não entenda português, vejo que é incrível o espírito dele. Você percebe as vibrações. Será uma colaboração curta. Quem sabe depois façamos mais...
Seeed em São Paulo
O evento faz parte do Ano Alemanha + Brasil
Participação especial: Criolo
Data: Sábado (24) às 19h
Ingresso: Gratuito
Local : Auditório Ibirapuera, plateia externa
Endereço: Av. Pedro Alvares Cabral, s/n – Portão 2 do Parque do Ibirapuera
Capacidade: 15 mil lugares
O evento faz parte do Ano Alemanha + Brasil
Participação especial: Criolo
Data: Sábado (24) às 19h
Ingresso: Gratuito
Local : Auditório Ibirapuera, plateia externa
Endereço: Av. Pedro Alvares Cabral, s/n – Portão 2 do Parque do Ibirapuera
Capacidade: 15 mil lugares
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