30 novos recrutas da Guarda Suíça prestaram hoje no Vaticano o seu juramento, num dia que evoca a morte de 147 soldados helvéticos em defesa do Papa em 1527, durante o saque de Roma.
O juramento decorreu no Pátio de São Dâmaso, perante o arcebispo Giovanni Angelo Becciu, da Secretaria de Estado do Vaticano, em representação do Papa, que falou num dia de “festa”.
“Que na base de tudo esteja o sentido de fé e de amor à Igreja e ao seu pastor universal e, ao mesmo tempo, que esta profunda motivação espiritual torne ainda mais verdadeiro e mais forte em todos o espírito de família que nos une”, declarou.
O capelão da Guarda Suíça, Markus Heinz, deu leitura ao juramento: “Juro servir com fidelidade, lealdade e honra o Supremo Pontífice Francisco e os seus legítimos sucessores, e dedicar-me a eles com todas minhas forças, sacrificando inclusive, se necessário, a minha própria vida para defendê-los. Assumo igualmente este compromisso relativamente ao sacro Colégio dos Cardeais durante a duração da Sé vacante. Prometo ainda ao capitão comandante e aos outros meus superiores respeito, fidelidade e obediência. Juro observar tudo aquilo que a honra da minha posição exige de mim”.
Os recrutas confirmaram o juramento na sua língua natal junto do vice-comandante, tocando com a mão esquerda na bandeira da Guarda Suíça e levantando três dedos da mão direita para o céu, enquanto pedem a assistência de Deus e dos seus santos patronos: São Martinho de Tours, São Sebastião e São Nikalus von Flue, 'defensor da paz e pai da nação' suíça.
A Guarda Suíça Pontifícia, fundada pelo Papa Júlio II em 1506, é uma companhia de voluntários, recrutados em todas as partes da Confederação Helvética, organizados militarmente, para a custódia da pessoa do Papa e da sua residência.
O corpo é formado por 110 guardas e compreende 4 oficiais (coronel, tenente coronel, major e capitão), 1 capelão, 26 suboficiais e 79 soldados.
O serviço dura dois anos, com possibilidade de renovação e promoção, até um máximo de 20 anos de serviço.
Para fazer parte da Guarda Suíça é preciso ser católico, nascido naquele país, com uma altura superior a 1,74 metros e ter frequentado a recruta no exército suíço; os soldados deverão ter até 30 anos e ser solteiros, sendo possível casarem-se depois de subir de patente.
O Papa Francisco encontrou-se com os novos recrutas esta segunda-feira, na Sala Clementina do Palácio do Vaticano, e disse-lhes que “não é a farda mas quem a veste que deve atrair os outros devido à gentileza, ao espírito de acolhimento, à atitude de caridade para com todos”.
OC
Agência Ecclesia
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