19/07/2014

Apesar do abandono, população usa Vilas Olímpicas


Vilas Olímpicas estão com escassez de profissionais e estruturas mal conservadas e subutilizadas. Governo do Estado, responsável pelos equipamentos, diz que reforma dos espaços será realizada até dezembro


As quatro Vilas Olímpicas de Fortaleza seriam espaços de lazer, esporte e práticas culturais para os bairros onde estão instaladas. Atualmente, no entanto, falta de profissionais e estruturas deficientes, com falta de manutenção adequada, tornam os espaços pouco convidativos à comunidade. O uso é pela persistência e, principalmente, pela ausência de outras áreas para o lazer e a prática esportiva.

O Governo do Estado é o responsável pelas Vilas Olímpicas dos bairros Canindezinho, Genibaú, Conjunto Ceará e Messejana, em Fortaleza, além de uma no município de São Benedito (a 332 quilômetros da Capital).

Edilenia Vidal trabalha próximo ao Liceu e à Vila Olímpica do Conjunto Ceará e relata poucas atividades no grande descampado que é campo de futebol. Segundo a moradora, um grupo de jovens joga futebol no local e, há algum tempo, eles mesmos realizaram a limpeza do campo para um torneio. A entrada dos grupos acontece por meio de um buraco no portão e não pela portaria principal da Vila.

No Genibaú, Reginara Vieira, 17, Gabriel Alves, 13, e Paulo Oliveira, 11, usam a vila para jogar futebol. Segundo Reginara, que mora próximo ao local, houve uma época em que até colônia de férias era oferecida. Agora, segundo eles, o local só tem dois monitores e as aulas são poucas.



Marta Silva também mora perto da Vila Olímpica do Genibaú e rememora que já houve períodos em que aulas e eventos faziam parte do cotidiano da comunidade no espaço. “A gente lamenta muito essa situação”, indicou, apontando para o lixo acumulado - que a própria comunidade deixa -, o mato crescido e o campo que, além de bola, tem animais e barracos de uma ocupação.

Denis Santos, 17, e Jéssica de Oliveira, 23, moram no Canindezinho e já não encontram muitas atividades na Vila Olímpica do bairro. Para eles, o local poderia ser melhor aproveitado, até porque a comunidade não tem tantas opções de espaço de lazer. Uma faixa indica que ali há aulas de capoeira duas vezes por semana.

Atividades
Mesmo sem professores suficientes e com estrutura ruim, atividades persistem nas Vilas. Além das oficiais, elas são pontos regulares de “rachas” entre os jovens. Segundo Alyne Morais, coordenadora geral das Vilas Olímpicas, cada equipamento conta com programação própria e projetos como o Segundo Tempo, do Governo Federal, acontecem três vezes por semana em todas as Vilas.

Modalidades como capoeira, jiu-jitsu e judô também podem ser praticadas em alguns, informou, acrescentando que os liceus da Messejana e do Conjunto Ceará - vizinhos às Vilas dos bairros - usam o espaço mesmo carecendo de manutenção.
http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2014/07/19/noticiasjornalcotidiano,3284641/apesar-do-abandono-populacao-usa-vilas-olimpicas.shtml

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