17/08/2014

Brasileiros são 2º lugar em Olimpíada de Astronomia e Astrofísica

Cinco alunos conquistaram a medalha de prata na Romênia calculando a trajetória de dois mísseis para interceptar asteroide e salvar a Terra
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Na mesma semana em que Artur Avila Cordeiro de Melo, matemático brasileiro, conquistou a Medalha Fields, o País teve outra conquista na área de ciências exatas, protagonizada por alunos do ensino médio. Cinco estudantes conquistaram a medalha de prata, equivalente a segundo lugar, em prova por equipe na 8ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica, proeza inédita no Brasil. O evento, que terminou no domingo passado, dia 10, ocorreu na cidade de Suceava, na Romênia. O grupo brasileiro também obteve, nas provas individuais, duas medalhas de bronze e três menções honrosas.

A equipe desembarcou ontem no Brasil, após viagem de 30 horas. O coordenador de Educação em Ciências do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), no Rio de Janeiro, Eugênio Reis, que acompanhou os estudantes, declarou que “esses jovens que voltam com a medalha mostram para os demais que isso é uma coisa possível; que basta se dedicar, que se tem chance”.

Ao todo, participaram da olimpíada 208 estudantes, de 39 países. O Brasil é uma das nações que participa da Olimpíada desde a primeira edição. A prova de equipe varia a cada ano e a elaboração fica a cargo do país que sedia o evento. Na mais recente edição, os grupos tiveram 90 minutos para calcular a trajetória de dois mísseis que deveriam atingir um asteroide, em rota de colisão com a Terra, e salvar o planeta.

Para as contas, puderam usar apenas objetos contidos em uma caixa: réguas, massa de modelar, barbante e papel milimetrado. A medalha de ouro da primeira colocação ficou com o Canadá e a de bronze, a terceira, com a Lituânia. A preparação dos estudantes vem desde o ano passado, com a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, voltada para estudantes de escolas públicas e particulares. No ano passado foram 800 mil inscritos em todo o país. Os participantes que se destacaram foram convidados a continuar estudando.
 
Prova presencial
Os selecionados passaram por várias etapas, que incluíram uma prova presencial. Além dos cinco estudantes que participaram da prova internacional, foram escolhidos cinco para participar da competição latino-americana, que será no Uruguai, de 10 a 16 de outubro. Haverá também cinco suplentes. Os finalistas tiveram aulas, participaram de oficinas e de observações astronômicas.

“Foi uma experiência indescritível”, sintetizou Felipe Vieira Coimbra, de 16 anos. Ele é aluno do segundo ano do Instituto Dom Barreto, em Teresina (PI). O colégio particular está entre as notas mais altas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Como astronomia está fora do currículo escolar, Felipe disse que todo o estudo que teve foi por conta própria, com livros e apostilas usadas em universidades. Além da medalha de prata, o jovem carrega no currículo duas medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Física. (da Agência Brasil)

http://www.opovo.com.br/app/opovo/brasil/2014/08/15/noticiasjornalbrasil,3298428/brasileiros-sao-2-lugar-em-olimpiada-de-astronomia-e-astrofisica.shtml

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