O papa Francisco teve um verdadeiro diálogo com os enfermos, na Praça da Espanha, local onde esteve para fazer uma homenagem à Virgem Imaculada. Bergoglio, ao final da oração, parou para conversar com os enfermos que o aguardavam na Praça, desde a manhã. Um beijo, uma carícia, uma palavra de ânimo. Em determinado momento, surgiram da multidão um menino e uma menina que lhe deram um beijo. O papa se inclinou para recebê-los. Na Praça, que estava repleta de pessoas, verificou-se também a acostumada troca de solidéus. “Fica bem para você?”, perguntou Bergoglio para um pequeno com quem trocou a “papalina”. Em seguida, Francisco voltou ao carro que utiliza para se deslocar na cidade de Roma. A primeira coisa que fez quando subiu foi abrir a janela para poder ficar mais próximo dos fiéis. Ao chegar à fonte da Barcaccia, alguém o presenteou com uma rosa branca.
Um dia inteiramente dedicado à Virgem. Pela manhã, o pontífice rezou o Angelus e invocou a Virgem, recordando que “a salvação não se compra” como se fosse qualquer tipo de mercadoria. “Que a potência do amor de Deus, que te preservou do pecado original, por sua intercessão liberte a humanidade de qualquer tipo de escravidão espiritual e material, e faça vencer, nos corações e nos fatos, o plano de salvação de Deus. Faz com que também em nós, seus filhos, a graça prevaleça sobre o orgulho e que possamos nos tornar misericordiosos como é misericordioso o nosso Pai celeste”, rezou Francisco.
“Oh, Maria, Mãe nossa, hoje o povo de Deus em festa te venera Imaculada, preservada para sempre do contágio do pecado. Recebe a homenagem que te ofereço em nome da Igreja que se encontra em Roma e em todo o mundo”, disse em voz alta Francisco, que chegou à coluna da Imaculada para depositar uma cesta de rosas brancas. Pela manhã, o pontífice argentino visitou a Basílica de Santa Maria Maior.
Na companhia do substituto da Secretaria de Estado, Giovanni Angelo Becciu, e pelo Prefeito da Casa Pontifícia, Georg Gänswein, o Papa foi acolhido na Basílica Liberiana pelo arcipreste Santos Abril, ao passo que na Praça da Espanha o aguardavam o prefeito de Roma, Ignacio Marino, a quem abraçou, o presidente da região, Nicola Zingaretti, os cardeais Agostino Vallini, vigário de Roma, Fernando Filoni, Prefeito da Propaganda Fide, e Julián Herranz, presidente emérito do dicastério para os textos legislativos, pelos bispos auxiliares Matteo Zuppi e Lorenzo Leuzzi, e, sobretudo, por uma multidão enorme que, segundo os cálculos, aproximou-se de 200 mil pessoas.
Com a cabeça descoberta, o papa recordou a verdade de fé que Maria vitoriosa sobre o pecado e sobre a morte deseja: “sobre ti o mal não tem poder”, disse, dirigindo-se à estátua da Virgem. “Animados por esta esperança – concluiu -, nós hoje invocamos sua materna proteção para nós, para nossas famílias, para esta cidade e para o mundo inteiro”.
Em seguida, Francisco saudou todos os enfermos e deficientes que se encontravam no local, na primeira fila. “O papa Francisco me animou e me disse que rezará por mim e por Roma”, disse o prefeito da capital italiana Ignazio Marino, após ter trocado algumas palavras com o Santo Padre, ao final da cerimônia da Imaculada.
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