11/12/2014

Venda de Natal permite apoiar mulheres com deficiência profunda

Há 25 anos que as irmãs do Convento dos Cardaes, em Lisboa, promovem uma venda de Natal para reunir verbas que permitam continuar a apoiar mulheres com deficiência profunda.


Em entrevista à Agência ECCLESIA, Ana Maria Vieira, uma das seis religiosas dominicanas empenhadas nesta causa, destaca a “rede solidária” que está por trás deste projeto e que envolve cerca de 40 voluntários a trabalharem todos os fins-de-semana.


“Um processo de muita entrega e muito amor de toda a gente”, que permite deixar depois as estantes da loja do Convento “carregadinhas de doces” para venda.


Compotas e marmeladas dos mais variados sabores, desde a framboesa à abóbora com amêndoa e limão, da maça com gengibre à ameixa à búlgara, passando pelo lemon curd, ex libris da ementa, tudo é confecionado em casa e praticamente a partir de ofertas das pessoas.


“Quase não compramos frutas para estes produtos, pois ficaria tudo muito caro. O açúcar também é todo oferecido por empresas, é preciso baixar os custos porque então não seria solidário, seria trabalhar sem qualquer resultado”, realça a irmã Ana Maria Vieira.


A loja do Convento dos Cardaes está aberta todos os dias, sempre a partir das 14h30.


A variedade de produtos, fruto de “um conjunto de saberes e experiências passadas de irmãs para irmãs”, deixa quem chega pela primeira vez “fascinado”.


“Os clientes habituais, esses já trazem a lista do que querem”, salienta a religiosa.


À disposição das pessoas, entre vários produtos, estão também “biscoitos de erva-doce, de canela e de limão, de lemon curd, chás e vinagre balsâmico”.


Todos os anos, os contributos chegam de muitos lados, “porque as pessoas dão-se conta que vale a pena, é uma causa que vale a pena”, frisa a irmã Ana Maria Vieira.


O Convento dos Cardaes apoia atualmente 35 mulheres com deficiência profunda, a maior parte já sem pais nem outro tipo de ligação afetiva.


“Dia a dia, semana a semana, hora a hora”, as religiosas dominicanas procuram ser a “casa e a família” que estas “mulheres-meninas perderam ou nunca tiveram”.


Além da venda de natal, a comunidade do Convento promove várias iniciativas ligadas a esta causa, ao longo do ano, e quem quiser pode ajudar integrando a rede “Família do Convento”.


O monumento situado no Bairro Alto, historicamente ligado às Irmãs Carmelitas, está aberto a visitas guiadas, de segunda a sábado, através das quais as pessoas podem contactar com um espólio religioso e artístico rico e bem conservado.


LS/JCP


Agência Ecclesia



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