O Peru tentará fazer o grupo indenizar pelos danos causados às milenares linhas de Nazca.
“O Greenpeace será considerado terceiro civilmente responsável pelos danos causados às linhas e, portanto, deve cobrir as despesas com o trabalho de especialistas peruanos”, disse a ministra à emissora RPP, Noticias.
Uma intervenção do Greenpeace, em 8 de dezembro, causou indignação no Peru, porque os ativistas instalaram, em uma área de 40m2, onde fica o geoglifo do colibri, 45 faixas de tecido amarelo, com a mensagem: “Time for Change! The future is renewable, Greenpeace” (Tempo de mudança! O futuro é renovável).
Além da ação civil contra o Greenpeace pelos supostos danos causados pelos ativistas, a ministra Álvarez Calderón acrescentou que serão tomadas ações penais contra três pessoas da organização que estiveram no local.
“Temos ações legais a caminho e ações legais civis contra esta mesma organização”, disse a ministra.
Álvarez Calderón, que não especificou o montante da reparação exigida à ONG, nem os nomes dos demandados, disse ainda que uma equipe de especialistas viajará nos próximos dias para determinar de que forma pode resolver este dano.
O ativista argentino Mauro Nicolás Fernández, acusado de liderar o grupo de ambientalistas que causou os danos, responsabilizou o arqueólogo austríaco Wolfgang Sadick.
“Meu rosto está associado a uma atividade que me envergonha e me vejo interpelado a dizer que Sadick estava a cargo da incursão, eu nem mesmo sabia onde estava”, disse Fernández na noite de domingo ao programa Cuarto Poder, da América Televisión.
A invasão de onze ativistas do Greenpeace pretendia chamar atenção dos representantes de 195 países reunidos em Lima por ocasião da Conferência sobre as Mudanças Climáticas (COP20), das Nações Unidas.
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