11/02/2015

Consistório 2015: «Ministro da Cultura» do Vaticano sublinha papel da Lusofonia na Igreja Católica



Agência Ecclesia

 



News.va

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Colégio Cardinalício vai passar a contar com 13 elementos de cinco países lusófonos


Lisboa, 11 fev 2015 (Ecclesia) – O presidente do Conselho Pontifício da Cultura (CPC), cardeal Gianfranco Ravasi, elogiou o papel da Lusofonia na vida da Igreja, reconhecendo a importância de Portugal na difusão da mensagem católica.

“Sempre admirei a cultura portuguesa, porque tinha a capacidade do gérmen, da semente, de conseguir fundir-se em contextos muito diversos, através da sua própria língua, da sua própria cultura, absorvendo também elementos indígenas”, disse o cardeal italiano à Agência ECCLESIA.


O responsável falava a respeito do próximo consistório para a criação de cardeais, convocado pelo Papa Francisco, que vai criar 20 novos membros do Colégio Cardinalício (15 dos quais eleitores), incluindo três prelados lusófonos: D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa; o primeiro cardeal cabo-verdiano da história, D. Arlindo Gomes Furtado, bispo de Santiago; D. Júlio Duarte Langa, bispo emérito de Xai-Xai (Moçambique), um dos cinco cardeais com mais de 80 anos.


Após o consistório de sábado, o Colégio Cardinalício vai passar a contar com 227 membros (125 eleitores e 112 com mais de 80 anos), dos quais 13 são oriundos de Igrejas lusófonas (7 com direito a voto num eventual Conclave): seis do Brasil, três de Portugal, dois de Moçambique, um de Angola e um de Cabo Verde.


Para D. Gianfranco Ravasi, a nomeação do patriarca de Lisboa reconhece este legado da “sede patriarcal, que é o lugar da partida, para lá da pessoa” de D. Manuel Clemente.


“É um reconhecimento a uma cidade, a uma sede cristã e cultural”, precisou.


Com a criação de um cardeal de Cabo Verde, assinala o presidente do CPC, o Papa sublinha que as “periferias portuguesas” têm dignidade para estarem presentes no conjunto das Igrejas universais.


“A área lusófona apresenta os dois rostos da Igreja: o rosto antigo, europeu, e o rosto novo, que foi gerado mas agora é independente”, afirma D. Gianfranco Ravasi.


“Portugal, realisticamente, é um país mínimo no contexto internacional, como era no passado, mas foi capaz – de uma forma diferente da Espanha, que usou sobretudo o poder militar – de alargar-se à África, à Ásia, à América Latina, levando a sua própria língua, a sua própria cultura”, conclui o presidente do CPC.


OC


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