Segundo Datafolha, 84% dos entrevistados creem que governo não faz nada sobre o problema.
“A grande maioria dos brasileiros já conhece um pouco a respeito do tema e sabe apontar quais são suas causas; sabe relacionar os desafios das mudanças climáticas à sua vida diária como a questão da crise hidrológica, hídrica e do risco de crise energética; e também sabe apontar quais seriam, no caso do Brasil, as soluções, como o combate ao desmatamento, o investimento em energias renováveis e investimento em transporte coletivo”, afirmou Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima, em entrevista à Agência Brasil.
Para grande parte dos entrevistados (84% do total), o governo não faz nada, ou muito pouco, para enfrentar o problema. Entre as soluções apontadas, estão a redução do desmatamento (86% concordaram com essa afirmação), investimento em energias renováveis (83% do total) e melhorias no transporte coletivo (81%).
“A grande maioria (das pessoas) também acha que o governo brasileiro não fez nada até agora ou fez muito pouco. Isso é um indicativo de que, por mais que o Brasil tenha feito esforços, até o momento eles não foram suficientes, na opinião dos brasileiros, para que se enfrente o problema com responsabilidade. E dois terços dos entrevistados disseram ainda que esperam do Brasil uma liderança nas questões internacionais e que ajude no enfrentamento das mudanças climáticas”, disse o secretário executivo.
Os entrevistados também foram indagados sobre os causadores das mudanças climáticas e a maioria deles apontou que o desmatamento (95% do total) contribui para o problema. Eles também apontaram a queima do petróleo (93% apontaram este problema), as atividades industriais (92%) e a queima do carvão mineral (90%) como causadores das mudanças climáticas.
A pesquisa mostrou ainda que 62% dos entrevistados estão dispostos a instalar um sistema de microgeração de energia solar em casa. Diante da hipótese de ter acesso a uma linha de crédito com juros baixos e a possibilidade de vender o excesso de energia para a rede elétrica, o percentual de interessados subiu para 71%. “Essa fonte de energia é, sim, uma solução viável, e em escala, para o Brasil, desde que a gente tenha vontade política e tome decisões para investimentos adequados”, disse Rittl.
Para a pesquisa, foram ouvidas 2,1 mil pessoas com mais de 16 anos e que vivem em 143 municípios de pequeno, médio e grande porte em todo o país. As entrevistas foram realizadas entre os dias 11 e 13 de março. A margem de erro do estudo é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
http://www.paroquiasantoafonso.org.br/?p=13921
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