20/07/2015

Grécia: Falhar o projeto europeu, incluindo o monetário, seria um «enorme retrocesso»



Agência Ecclesia

 





Cardeal-patriarca afirma que todos os povos da Europa têm de ser solidários com o povo grego


Almada, 18 jul 2015 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa disse hoje que os povos europeus não podem fugir à responsabilidade de serem solidários com a o povo grego e afirmou que o projeto europeu não pode “falhar”, nomeadamente o económico e monetário.


“Não podemos falhar o projeto europeu porque isso seria um enorme retrocesso, com consequências que não quero imaginar”, referiu D. Manuel Clemente à Agência ECCLESIA em Almada, à margem de um encontro de jovens das dioceses de Lisboa e Setúbal.


Para o cardeal-patriarca de Lisboa, o Euro “integra-se” no projeto comum europeu e é expressão de uma economia, o que significa “unidade, projeto, regulação”.


D. Manuel Clemente recordou os “sobreviventes” da II Guerra Mundial que “quiseram fazer uma Europa em que as respetivas nações, sem deixarem de o ser com as suas tradições próprias, trabalhassem em comum para ‘bens comuns’”:


“Não há nada mais comum do que a sobrevivência, a saúde, o bem-estar físico, psíquico e moral de populações inteiras”, sublinhou o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.


Para D. Manuel Clemente, as decisões a respeito do que acontece na Grécia não podem esquecer que “o que está em causa são pessoas” e não considerações “abstratas e formais” relacionadas com “resgates” ou “programas de apoio”, o que deve merecer uma “solidariedade de base” à qual não é possível “fugir”.


“Era bom que os outros povos europeus também não fugissem. Que se lembrassem e nos lembrássemos todos que trata de pessoas, de vidas e de dramas em relação aos quais não podemos omitir compromissos”, recordou o cardeal-patriarca de Lisboa.


D. Manuel Clemente lembrou que a Europa “é uma casa comum” onde todos têm de estar bem”.


“Não podem estar uns na sala e outros não sei aonde”, concluiu.


PR



Grécia: Falhar o projeto europeu, incluindo o monetário, seria um «enorme retrocesso»

Nenhum comentário :

Postar um comentário