Tragédia foi lembrada no Parque da Paz, com um minuto de silêncio.
Bomba atômica explodiu em 9 de agosto de 1945, matando 74 mil na hora.
Da EFE
A cidade japonesa de Nagasaki lembrou neste domingo (9) o 70º aniversário do ataque nuclear em um ato onde as autoridades locais defenderam o caráter pacifista da Constituição do país perante a reforma militar que promove o governo.
A tragédia foi lembrada em cerimônia no Parque da Paz da cidade, no qual participaram representantes dos Executivos central e local, delegações de 76 países e os “hibakusha”, nome que recebem no Japão os sobreviventes dos bombardeios nucleares lançados pelos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.
A cerimônia começou às 11h02 (23h02 de sábado, 8, em Brasília), a hora exata em que a bomba “Fat man” explodiu sobre a cidade, com um minuto de silêncio marcado pelas tradicionais badaladas do chamado Sino da Paz, em homenagem às vítimas.
Em seguida, o prefeito de Nagasaki, Tomihisa Taue, fez um discurso no qual pediu ao Executivo central que lidere os esforços com a comunidade internacional para pôr fim à proliferação nuclear, e criticou a reinterpretação da Constituição impulsionada pelo primeiro-ministro, Shinzo Abe.
“Muita gente se pergunta se o princípio pacifista do Japão, que nos impede de nos envolver em alguma guerra, está sendo atacado por esta iniciativa”, afirmou o prefeito em alusão ao Artigo 9 da Constituição japonesa.
“Nunca devemos abandonar este princípio, sobre o qual se construiu a prosperidade do Japão atual. Não podemos esquecer as lembranças trágicas que nos deixou a guerra”, disse Taue em sua “Declaração pela Paz”.
Os EUA lançaram o primeiro ataque nuclear da história sobre a cidade de Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945 e três dias depois jogou uma segunda bomba atômica sobre Nagasaki, o que levou à rendição do Japão no dia 15 de agosto e pôs fim à Segunda Guerra Mundial.
A bomba, lançada sobre o vale que concentrava no norte da cidade portuária grande parte de seu tecido industrial, matou num instante cerca de 74 mil e fez com que milhares mais morressem nos anos seguintes por causa da radiação.
Os ataques atômicos sobre as duas cidades japonesas foram os únicos realizados até hoje
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Nagasaki lembra 70 anos do ataque nuclear com defesa do pacifismo
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