16/09/2015

A fé das crianças e a Mãe Aparecida


A educação da fé e devoção mariana é transmitida pela família aos pequenos; aprendida com os pais.




Por Raquel de Godoy Retz*


Estamos nos aproximando do mês da festa de Nossa Senhora Aparecida, Mãe carinhosa e padroeira do Brasil; também é o mês em que comemoramos o dia das crianças.


Relacionando estas duas datas, pensamos na construção da fé dos pequenos, que seguramente envolve a devoção a Nossa Senhora, Mãe de Jesus e nossa, sob o título de Aparecida, como Padroeira do Brasil.


Várias características desta devoção fazem parte do universo infantil e são integrantes do início de uma vida espiritual própria das crianças. O papel materno representa proteção, carinho, auxílio no desenvolvimento e presença constante.


Vejamos alguns fatos que testemunham este papel maternal de Maria para conosco: Aos pés da cruz, Cristo entrega Maria a João com a frase: “Eis aí a tua mãe”; é a entrega da Mãe da Igreja, da Mãe dos povos, da Mãe de todos nós.


Em toda a história da Igreja primitiva, Maria auxiliava e reunia os discípulos para mantê-los firmes nos ensinamentos que seu Filho havia deixado. O sim de Maria ao Anjo, na Anunciação de que seria a Mãe do Salvador com a disposição de serva:


“Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua Palavra”, mostra-nos a disponibilidade de ajuda, em todas as necessidades.


Quando Maria vai visitar Isabel, percebemos a disponibilidade ao outro; mesmo sem que o peçamos, Ela está constantemente nos visitando, para nos auxiliar.


Ainda são incontáveis os testemunhos que temos de devotos, em todos os Santuários marianos do mundo, com fatos de proteção, carinho, ajuda e presença de Maria no cotidiano do povo.


Em Aparecida, pequena cidade do Estado de São Paulo, o Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida acolhe, de braços abertos, milhares de filhos que chorando ou sorrindo, carregando preocupações, cantando louvores e hinos de gratidão, pelo que já foi alcançado, buscam a Casa da Mãe, para se sentirem no seu colo carinhoso, debaixo de seu manto protetor e guiados por suas mãos.


As crianças acompanhadas por seus pais que chegam até à pequena imagem da Mãe, Padroeira do Brasil, percebem as pessoas que testemunham sua devoção, sentem e memorizam a presença materna de Maria na vida de seu povo sofrido. A educação da fé e, sem dúvida, a devoção mariana é transmitida pela família aos pequenos; é aprendida em todas as ações de seus pais.


Uma família que reza, e segue valores cristãos, que confia na intercessão materna, que fala de Deus e de sua Mãe Maria para as crianças, está contribuindo para formar adultos que não se desesperem nas dificuldades e tenham paciência nas tribulações, sejam cristãos atuantes e construtores do Reino.


O convite, para este mês, é contarmos aos pequenos todas as histórias de Nossa Senhora, desde a menina de Nazaré que disse sim e se transformou em Mãe da humanidade, passando por Maria nas bodas de Caná auxiliando os noivos, no início da Igreja dando força aos discípulos, sem esquecer-se de uma pequena imagem que, mesmo quebrada e jogada em um Rio, tornou-se, depois de pescada, a grande intercessora de três pescadores e de um país inteiro.


Enegrecida pelas águas, Nossa Senhora Morena testemunha que não devemos alimentar preconceitos de nenhuma espécie, discriminar ninguém e aprender a conviver com o diferente, pois isto nos enriquece e prova que somos todos irmãos.


Os milagres alcançados por intercessão de Nossa Senhora Aparecida são muitos e testemunhados por todo tipo de devotos, de todos os lugares, que pedem à Mãezinha querida suas bênçãos.


Suplicamos, de forma especial, por todas as crianças, para que possam ter, perto delas, adultos que as ajudem a descobrir o calor do abraço de Maria Santíssima. Amém.



A12 14-09-2015.

*Raquel de Godoy Retz é psicóloga e educadora. Atua hoje como Coordenadora da Revista Devotos Mirins do Santuário Nacional de Aparecida.


A fé das crianças e a Mãe Aparecida

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