O agregado familiar enquanto «célula base da sociedade», deve ser permanentemente redescoberto como «alicerce, testemunho e motor de uma sociedade renovada», considera o bispo auxiliar do Porto
A «reconstrução» de cada pessoa deve ter na família o seu principal pilar, e só com base nessa reedificação será possível o agregado familiar ser permanentemente redescoberto como «alicerce, testemunho e motor de uma sociedade renovada», afirmou esta quinta-feira, 24 de setembro, em Fátima, o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.
«Sendo a família ‘célula base da sociedade’, como tantas vezes é recordado, é imprescindível recomeçar por aí. É imprescindível que esse elenco de dinamismos comunicacionais não seja apenas uma ementa onde cada um petisca o que mais lhe agrada, mas, antes, o rol de ingredientes – todos importantes – de um prato forte e substancial», sublinhou Pio Alves, na sessão de abertura das Jornadas Nacionais de Comunicação Social, este ano dedicadas ao tema: «Comunicação e Família: partilha de afetos».
Para o bispo auxiliar do Porto, como «a desagregação nasceu e cresceu em cada pessoa no seio de uma família; a reconstrução terá nas pessoas de cada família o seu principal pilar. E aí, sem dedo acusador, a comunicação – a comunicação feita de afetos e que consolida afetos – continuará a ser um ingrediente imprescindível».
Oradora no primeiro painel dedicado à «Família na comunicação», a jornalista Rita Carvalho admitiu que os temas relacionados com a família nem sempre são abordados com profundidade nos órgãos de comunicação social, mas quando o são, deparam-se com a falta de interlocutores que estejam dispostos a testemunhar sobre a beleza da família.
Já Tito de Morais, fundador do projeto «Miúdos seguros», alertou, que a internet veio maximizar as oportunidades para a generalidade das famílias, mas também comporta riscos. Neste sentido, o especialista em novos media considera que a melhor forma dos pais prevenirem esses riscos, é acompanharem a forma como os filhos utilizam as plataformas digitais.
Convidado a falar sobre os efeitos da publicidade na família, José Mateus disse haver uma tendência para culpar a publicidade pelo excesso de endividamento e consumismo, sobretudo nas épocas de maior crise, mas recorreu a vários exemplos publicitários para demonstrar que «a publicidade também gera ação e defende causas, ao narrar os assuntos da família de forma artística e estética».
Família é «o prato forte» da renovação social
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