14/09/2015

Papa critica fundamentalismo e falsas amizades


O papa criticou os fundamentalismos religiosos “cujo trabalho é destruir por causa de uma ideia, não de uma realidade”.




A entrevista é um diálogo entre o sumo pontífice e o jornalista Marcelo Gallard



O Papa Francisco se expressou contra o fundamentalismo religioso e admitiu ter se sentido usado por algumas amizades “utilitárias”, em uma entrevista à rádio argentina Milenium realizada a poucos dias de sua viagem por Cuba e Estados Unidos.


O sumo pontífice concedeu a entrevista na residência de Santa Marta no Vaticano e ela foi transmitida na tarde de domingo na emissora da cidade de Buenos Aires.


“Eu nunca tive tantos amigos, entre aspas, como agora. Todos são amigos do Papa. A amizade é algo muito sagrado. A Bíblia diz: ‘Tenha um ou dois amigos’. Antes de considerar uma pessoa como amiga, deixe que o tempo prove isso, para ver como reage diante de você”, disse Francisco.


A entrevista é um diálogo entre o sumo pontífice e o jornalista Marcelo Gallardo, de fé protestante e amigo pessoal de Francisco há anos.


“O sentido utilitário da amizade, de ver que proveito posso tirar ao me aproximar desta pessoa e me tornar amigo. Isso me dói”, admitiu.


E acrescentou: “Eu me senti usado por gente que se apresentou como amiga e que talvez eu não tenha visto mais que uma ou duas vezes na vida, e que usou isso para seu proveito. Mas é uma experiência pela qual todos passamos, a amizade utilitária”, disse Francisco.


O papa também criticou os fundamentalismos religiosos “cujo trabalho é destruir por causa de uma ideia, não de uma realidade”.


“Os fundamentalistas afastam Deus da companhia de seu povo, o desencarnam, o transformam em uma ideologia. Então, em nome desse Deus ideológico, matam, atacam, destroem, caluniam”, disse.



AFP


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