Organização recorda que há 65 milhões de meninas no mundo que não têm acesso à educação e quase 16 milhões, com idades entre os seis e os 11 anos, que nunca frequentarão a escola primária
Aproveitando a comemoração do Dia Internacional da Mulher, que se celebra esta terça-feira, 8 de março, a organização não governamental Entreculturas emitiu um comunicado a lembrar que a discriminação de gênero está «no coração dos direitos humanos e da justiça e a educação é a única ferramenta para alcançar a igualdade».
As Nações Unidas estimam que existam no mundo 65 milhões de meninas que não têm acesso à educação e que perto de 16 milhões, entre os seis e os 11 anos, nunca terão a possibilidade de frequentar o ensino primário, o dobro do que acontece com os rapazes. Neste sentido, os responsáveis da Entreculturas consideram fundamental «identificar as desigualdades e discriminações» e apostar «na sua eliminação em contexto educativo, procurando o desenvolvimento integral de cada menino e menina».
A organização denuncia ainda o facto dos salários das mulheres a nível global serem 24 por cento mais baixos do que os dos homens, por trabalhos de igual valor, e de só 50 por cento das mulheres em idade de trabalhar formarem parte da população ativa, frente a três em cada quatro homens.
«Não há nenhum país do mundo onde as mulheres disponham das mesmas oportunidades que os homens. Apesar dos avanços na eliminação de práticas discriminatórias contra a mulher, ainda há muito a fazer», afirmam os ativistas, desafiando a comunidade internacional a assumir os compromissos assumidos na Cimeira dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Fátima Missionária
«Educação é a única ferramenta para alcançar a igualdade»
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