11/03/2016

Reino Unido: uma montanha de dinheiro público para… mudar o sexo de crianças

Em apenas 9 meses, foram gastos 2,6 milhões de libras esterlinas em drogas que bloqueiam a puberdade em crianças com supostos “transtornos de identidade sexual”


A difusão da ideologia de gênero na Grã-Bretanha parece ter desencadeado um curto-circuito. Entre abril e dezembro do ano passado, o Estado britânico gastou 2,6 milhões de libras esterlinas para submeter mais de mil crianças a tratamentos de mudança de sexo, numa violação da infância que assume contornos de uma verdadeira campanha de Estado.


Tudo começou em 2014, quando Londres decidiu administrar fármacos que atrasam a puberdade de crianças de 9 anos de idade, como primeiro passo para a cirurgia. O tratamento é oferecido pelo sistema de saúde pública, ou seja, com dinheiro do contribuinte.


A notícia gerou controvérsias. Muitos classificaram a iniciativa de “horrível”. Algumas associações que trabalha em prol da infância pediram uma investigação, observando que é pelo menos imprudente fazer incursões farmacológicas tão graves no corpo de uma criança com o único pretexto de que “talvez” a criança tenha “distúrbios de identidade sexual”. Na infância, segundo essas associações, é difícil distinguir entre uma real “disforia de gênero” e desconfortos psicológicos que podem ser resolvidos com métodos menos invasivos e não irrevogáveis.


Mas de nada valeram estas manifestações de bom senso. O serviço público de saúde britânico seguiu em frente com a aplicação desses medicamentos em crianças. Conhecidos como hipotalâmicos, eles bloqueiam o desenvolvimento dos órgãos sexuais, freiam a produção de testosterona e estrogênio e minimizam o impacto da futura cirurgia, prevista para ser feita ainda na adolescência do “paciente”. Nos meninos, impede-se a voz de se tornar mais grave e neutraliza-se o crescimento de pelos; nas meninas, impede-se o ciclo menstrual e o desenvolvimento dos seios.


A decisão de prosseguir com o programa foi tomada após um período de três anos de testes em crianças de mais  idade, dos 12 aos 14 anos. Os testes foram confiados aos médicos da Fundação Tavistock and Portman, que está ligada a um caso chamativo: vários livros e artigos envolvem a Tavistock no projeto clandestino MK-Ultra, da CIA, que começou na década de 1950 para influenciar e controlar o comportamento das pessoas.


A correlação entre o programa clandestino e a administração de medicamentos hipotalâmicos a crianças é inquietante, como, de resto, a onda de casos de “disforia de gênero” entre 2010 e 2015 na Grã-Bretanha. Diante dos 97 casos registrados em 2010, são vertiginosos os casos registrados em apenas 9 meses do ano passado: as crianças submetidas a esse tratamento foram nada menos que 1.013.


O aumento de 1.000% “coincidiu” com a decisão do serviço de saúde britânico de implementar o controverso programa. O crescimento exponencial preocupa muitos médicos do Reino Unido, mas não pelas suspeitas de abuso contra as crianças e sim por razões meramente econômicas: se o número de crianças que recebem esses medicamentos aumentar mais, lamentam eles, haverá “uma sobrecarga do sistema nacional de saúde”.


Bernard Reed, de um instituto ad hoc sobre os chamados “estudos de gênero”, chega a lançar um alerta ao serviço nacional de saúde, que é atualmente “não é capaz de atender essa crescente necessidade de cuidados médicos”. Como se dissesse: se não há dinheiro para bombardear crianças com drogas que bloqueiam o seu desenvolvimento, é preciso encontrá-lo.


Mas também há vozes determinadas a pregar no deserto da ideologia de gênero, como a de Robert Lefever, um psiquiatra que, em entrevista ao jornal The Sun, ressalta que vale a pena, à luz destes aumentos enormes, perguntar se o suposto “transtorno de gênero” não se tornou “moda”.


Ele explica que “os diagnósticos psicológicos são questões de opinião” e, portanto, “temos de ter certeza de estar tratando a criança e não os problemas psicológicos de um pai intrusivo”.


É preciso dizer que “apenas” 8 das 32 crianças submetidas aos testes da Tavistock and Portman continuaram o processo para mudar de sexo. Talvez os escrúpulos do Dr. Lefever devessem existir também nos outros médicos britânicos antes de cometerem danos irreparáveis ​​em crianças e na sociedade como um todo.


Zenit



Reino Unido: uma montanha de dinheiro público para… mudar o sexo de crianças

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