Plataforma digital sinaliza mais de 1.700 conflitos sócio-ambientais em todo o mundo, incluindo Portugal. O objetivo do projeto é dar visibilidade à luta pelo meio ambiente
Chama-se Atlas de Justiça Ambiental (EJAtlas) e foi criado para documentar e catalogar os conflitos ambientais em todo o mundo, dando a conhecer os casos de mobilizações de comunidades e movimentos sociais, contra a contaminação, derrame de resíduos e outras atividades com influência negativa no meio ambiente. Para já estão sinalizados mais de 1.700 casos, mas nos próximos três anos, os responsáveis pelo projeto contam chegar aos 3.000.
«A intenção é tornar visível a luta pelo meio ambiente e demonstrar que não se trata de casos isolados, como se viu com situações como o derrame da Shell», afirma Joan Martínez, um dos coordenadores da plataforma, explicando que o leque de casos documentados vai desde a extração de minerais ou petróleo, ao transporte de resíduos ou materiais nocivos ao ambiente.
Para identificar os casos, foram usados diversos métodos, como o contacto com organizações não governamentais e ativistas. Em relação a Portugal, Lucia Fernandes, coordenadora da secção portuguesa, destacou os casos das descargas poluentes no rio Alviela, que tem gerado mobilizações desde 1957, a luta antinuclear, que dura desde 1976, ou o conflito existente pela plantação de eucaliptos no país.
Fátima Missionária
Lançado portal com mapa dos conflitos ambientais
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