26/10/2016

A IMPORTÂNCIA DA REDE ECLESIAL PANAMAZÔNICA



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A REPAM deveria inspirar as igrejas dos demais biomas brasileiros, principalmente no ano que vem, quando a Campanha da Fraternidade será exatamente sobre este tema.


Por Roberto Malvezzi (Gogó)

Embora formalmente já constituída, está sendo gestada na prática a Rede Eclesial Panamazônica (REPAM). Abrangendo os 9 países do bioma e os 9 estados brasileiros ali situados – incluindo o território da Amazônia Legal -, estão sendo realizados seminários nos vários cantos desse território, dialogando a realidade com a Laudato Sí e, com esse público e essas entidades, formatar a rede que se pretende. Uma nova forma de atuar nessa realidade, movida por uma espiritualidade integral, onde tudo está interligado, nessa casa comum.

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Sempre com público girando em torno de cem pessoas, com representações das diversas pastorais sociais, CEBs, igrejas, movimentos sociais, presença dos ribeirinhos, índios, quilombolas, universidades, cientistas, até órgãos governamentais, é possível ver e conviver com a diversidade brasileira ali existente, com a beleza, os problemas e os potenciais inimagináveis dessa realidade ambicionada pelo mundo inteiro, mas agredida de uma forma estúpida e que deixa pasmo qualquer pessoa com um mínimo de respeito pela vida.

É provável que só tenhamos a dimensão dessa proposta quando a rede estiver tecida. A origem está no Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cáritas Latino-americana e Caribenha e Conferência dos Religiosos da América Latina (CLAR), e conta com as bênçãos do Papa Francisco.

Além dos eixos já decididos dos Direitos Humanos, defesa dos Indígenas e seus territórios etc., vai ficando claro que o “espírito de Rede” faz-se fundamental numa realidade tão vasta, tão diversificada, mas ao mesmo tempo com problemas, desafios e potenciais comuns.

A REPAM deveria inspirar as igrejas dos demais biomas brasileiros, principalmente no ano que vem, quando a Campanha da Fraternidade será exatamente sobre esse tema. A verdade é que não temos como enfrentar os desafios poderosos que a realidade nos impõe, sem que sejamos capazes de atuar articulados, com pontos em comum que todos deveriam enfocar. Da forma como estamos, mesmo com toda boa vontade e empenho, nossos biomas e povos serão destruídos. Quem sabe juntos, consigamos estabelecer efetivamente uma resistência e construir novas propostas, além de reforçar tudo de bom e importante que já existe.

*Roberto Malvezzi (Gogó) é agente da Comissão Pastoral da Terra, Juazeiro, BA.



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